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UX Research: trazendo a acessibilidade para projetos digitais

UX e acessibilidade - Apresentação

Olá! Boas-vindas a você! Eu sou a Paula Faria, sou designer, e trabalho com design de experiência da pessoa usuária na área de tecnologia da informação há mais de 15 anos. Por isso, serei a sua instrutora no curso UX Research: trazendo a acessibilidade para projetos digitais da Alura.

#acessibilidade

Eu sou uma pessoa de pele clara, tenho cabelos pretos, olhos pretos, estou usando uma camiseta cor de rosa, brincos azuis que quase não aparecem, porque meus cabelos estão soltos para frente. Atrás de mim, há uma cortina de cor clara e um armário com algumas prateleiras onde estão alguns livros, quadros e objetos decorativos.

Para quem é esse curso?

Esse curso de acessibilidade é tanto para quem já está no mercado de trabalho, quanto para quem ainda está estudando e migrando para a área de tecnologia.

Ele também é para qualquer pessoa que faça parte de um time de tecnologia, seja da área de gestão, de desenvolvimento, de design de experiência da pessoa usuária, e assim por diante. Independentemente do seu perfil, seja UX Writer, uma pessoa de teste, ou de qualidade, a acessibilidade é importante para você e deve ser considerada na sua prática.

É sobre isso que vamos falar nesse curso. Eu vou te mostrar como trazer acessibilidade e considerar esse tema tão importante na sua atuação.

Espero você nessa primeira aula! Vamos lá?

Até mais!

UX e acessibilidade - Visão geral

Olá, tudo bem?

Aula 1

Nesse curso de UX Acessível, começaremos falando sobre o conceito de acessibilidade, entenderemos o que ela é, e vamos quebrar muitos mitos, pois existem muitos pensamentos errados acerca desse tema.

Portanto, falaremos a verdade, e veremos como é importante olhar para a acessibilidade de forma humana e real.

Vamos conversar bastante sobre pessoas e sobre barreiras, para entender exatamente onde elas estão. Além disso, saberemos melhor como é a atuação de uma pessoa de UX na acessibilidade.

Aula 2

Na segunda aula, começaremos a entender a acessibilidade a partir da metodologia do Design Thinking. Para isso, iremos revisar o que é o design thinking e iniciaremos a fase de imersão.

Falaremos bastante sobre WCAG; se você não sabe o que é, saiba que isso é muito importante em relação à acessibilidade de projetos web, e eu vou te explicar todas essas letras estranhas!

Além disso, vamos abordar os temas empatia e pesquisa desk, além de outras atividades que serão feitas nessa fase de imersão.

Aula 3

Na aula 3, vamos falar sobre ideação e vários aspectos que precisamos considerar nessa fase.

Esses aspectos não são somente para a pessoa profissional de UX & Design; há trabalho para todas as pessoas do time, pois se trata de uma equipe multidisciplinar e trabalhamos de forma colaborativa.

Existem aspectos de interface, de interação, de navegação, de linguagem, aspectos textuais e técnicos, enfim, temos aspectos para todas as pessoas observarem.

Aula 4

Na aula 4, vamos falar sobre os aspectos importantes nas fases de prototipação e de testes. Esse conteúdo é muito relevante e são vários os temas que podemos abordar sobre acessibilidade.

Aula 5

Ao final, falaremos sobre a abordagem na prática, ou seja, como é o dia a dia; o que devemos considerar; como colocar isso em ação; como funciona um plano de ação; por onde começar; e quem fica responsável por cada função no time.

Nesse momento, coletaremos muitas anotações para começarmos a aplicar de fato a acessibilidade nos nossos projetos e produtos digitais.

Essa é a ideia do nosso curso. Achou animador? Eu acredito que sim!

Vamos comigo? Te espero no próximo vídeo!

UX e acessibilidade - Acessibilidade: o conceito

Olá! Nesse vídeo, falaremos sobre um tema que, felizmente, ouvimos cada vez mais no mercado de trabalho de tecnologia: a acessibilidade.

Muitas vezes, nos perguntamos: o que significa esse termo? Quando as pessoas nos dizem que esperam acessibilidade em determinado projeto, do que elas estão falando?

É isso que veremos nesse vídeo: como consideramos a acessibilidade na área de pesquisa de UX, na área relacionada ao design e à experiência da pessoa usuária, e o que precisamos conhecer para entregarmos uma solução acessível.

Acessibilidade: o conceito

O primeiro tema a ser abordado precisa ser o conceito de acessibilidade. Você vai ver que a ideia irá abrir um pouco a cabeça de quem ainda não tem uma visão definida desse conceito.

Para isso, vou iniciar te contando uma história que aconteceu comigo em um trabalho há alguns anos. Eu trabalhava em uma empresa e estava no momento de pausa para o café. Conversando com um amigo que trabalhava na mesma empresa, porém em outro estado, começamos a falar sobre livros.

Ele me contou que consegue ler um livro em aproximadamente 2 horas, ou um pouco mais. Eu fiquei bastante impressionada, pois pensei: "Eu não tenho essa habilidade, não consigo ler um livro tão rapidamente". Além disso, não era um livro tão pequeno; ele tinha um tamanho médio, como o "Alice no País das Maravilhas", de 142 páginas.

A partir disso, refleti que tenho uma limitação. Se eu passasse um dia inteiro lendo determinado livro, sem parar para ir ao banheiro, beber água ou comer, ainda assim, não conseguiria finalizar um livro tão rapidamente.

Algo importante a ser dito sobre esse meu amigo é o fato de ele ser cego, portanto, essa leitura não era feita por um livro físico, impresso, mas por meio de um leitor de tela no celular dele.

Ele me mostrou o leitor de tela funcionando e a velocidade era muito rápida. Eu mal conseguia compreender uma palavra ou outra, mas para ele, era uma velocidade confortável, então ele conseguia ouvir àquele livro em 2 horas e compreender todo o conteúdo sem dificuldades.

Essa história é interessante porque, basicamente, ao longo desse curso, falaremos sobre pessoas, suas habilidades e limitações. Não necessariamente limitações das pessoas, certo? Entenderemos isso melhor ao longo das aulas.

Quando falamos em acessibilidade, nos referimos a quê especificamente?

O conceito de acessibilidade mais considerado é o seguinte: a garantia de acesso à pessoa com deficiência.

É interessante observarmos também outro conceito, o de inclusão social. Quando falamos nesse termo, nos referimos à participação igualitária de todos na sociedade, independentemente de diversos aspectos.

O conceito de acessibilidade diz respeito ao acesso especificamente para pessoas com deficiência, enquanto a inclusão social fala sobre a participação igualitária de todas as pessoas.

É interessante nos atentarmos a isso, pois esses 2 conceitos estão interligados. Em ambos, falamos sobre permitir o acesso e garantir a participação igual para as pessoas da nossa sociedade, mas a acessibilidade fala de um aspecto específico, o qual entenderemos no decorrer das aulas.

Analisando um quadro

Para compreendermos um pouco melhor a abrangência da acessibilidade, eu queria te mostrar um quadro muito interessante. Ele nos trará uma visão melhor das pessoas com suas habilidades e limitações que podem acontecer.

PermanenteTemporáriaSituacional
Toque/tatoPessoas com 1 braçoPessoas com 1 braço imobilizadoPessoas em transporte público segurando um bebê no colo
VisãoPessoas cegasPessoas que fizeram uma cirurgiaPessoas cujo olhar não está focado em determinada situação
AudiçãoPessoas surdasPessoas com problemas auditivos temporáriosPessoas em locais com som muito alto
FalaPessoas não-verbaisPessoas com problemas na garganta, roucas, ou que fizeram algum procedimentoPessoas se comunicando em idiomas diferentes

O quadro acima possui linhas e colunas. Nas colunas, temos: as limitações permanentes, ou seja, que duram para sempre; as temporárias, ou seja, que têm um limite de tempo; e as situacionais, algo que acontece em determinado momento específico. As linhas estão divididas a partir dos nossos sentidos: toque/tato; visão; audição; e fala.

Esse quadro nos mostra que limitações e barreiras de acesso que impedem a nossa participação são muito diversas.

Toque/tato

Vamos falar, por exemplo, sobre o primeiro sentido. No toque/tato, uma pessoa com 1 braço irá lidar para sempre com essa situação.

Entretanto, podemos ter situações semelhantes de forma temporária, como o caso de alguém que fez uma cirurgia ou que está com uma imobilização, portanto, o toque e o tato são temporariamente limitados.

E quanto às barreiras situacionais? Podemos nos referir a uma pessoa que esteja em um transporte público segurando um bebê com um dos braços. Nesse caso, ela terá somente 1 braço para interagir com objetos.

Visão

Da mesma forma, se observarmos a linha da visão, na coluna permanente falamos sobre pessoas cegas.

De forma temporária, podemos nos referir, por exemplo, a alguém que fez uma cirurgia de catarata ou de miopia e temporariamente possui uma limitação de visão.

Quanto à situacional, imagem que você esteja em um carro e olhou para outro lugar, ou seja, está com a cabeça em outra coisa. Nesse momento, a sua visão não está 100% focada na situação.

Audição

Na audição, temos pessoas permanentemente surdas, por exemplo.

Porém, também podemos ter uma situação temporária de alguém que esteja com algum problema auditivo.

Também podemos ter momentos situacionais, como em um show ou uma boate com o som muito alto. Nessa situação, a audição será limitada.

Fala

Por fim, temos a fala. Podemos nos referir a pessoas não-verbais, as quais permanentemente não possuem a fala.

Quanto à limitação temporária desse sentido, podemos ter pessoas com problemas na garganta, roucas, ou que fizeram algum procedimento que impede a fala.

Nos casos situacionais, de repente queremos nos comunicar em um idioma e a pessoa ouvinte não compreende, ou então a fala vem de outra pessoa e nós não conseguimos compreender.

Esse quadro é muito interessante, pois ele nos mostra que as limitações não são sempre permanentes. Elas podem ser temporárias; podem, inclusive, não terem iniciado no começo da vida de uma pessoa, a qual pode ter nascido cega ou surda, por exemplo, ou pode ser uma condição que ela passou a ter de forma permanente após determinado momento. Analisando-o, saímos um pouco da nossa visão de produto digital acessível.

Desenho universal

Outro conceito importante que precisamos lembrar é o de desenho universal ou design universal, aqueles que projetamos para aumentar e maximizar o grupo de pessoas usuárias.

Com isso em mente, desenhamos projetos visando na participação igualitária das pessoas no produto.

Conclusão

Quando falamos especificamente da acessibilidade, devemos considerar algumas questões, as quais veremos ao longo dos próximos vídeos.

Agradeço pela sua atenção até aqui, e te vejo no vídeo seguinte. Até lá!

Sobre o curso UX Research: trazendo a acessibilidade para projetos digitais

O curso UX Research: trazendo a acessibilidade para projetos digitais possui 219 minutos de vídeos, em um total de 62 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de UX Research em UX & Design, ou leia nossos artigos de UX & Design.

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