Olá, eu me chamo Flavia Palazzo, sou instrutora de fotografia na Alura, e quero convidar você para fazer o nosso curso sobre luz!
#acessibilidade
Eu sou uma mulher preta de pele clara, de cabelos cacheados longos pretos, sobrancelhas pretas, e olhos também pretos. Estou usando uma blusa verde com folhagens.
Na minha frente, sobre o lado esquerdo de uma mesa, temos um computador; à direita, uma câmera fotográfica; atrás, a parede é metade verde e metade branca, com alguns quadros de viagens que eu fiz à esquerda, e uma planta e alguns livros à direita.
Nesse curso, vamos falar sobre diferentes tipos de iluminação na fotografia.
O curso é para você que quer começar a aprender como funciona o Sol e saber sobre luz natural e luz artificial.
É muito importante que você já tenha um conhecimento pregresso sobre fotografia e seus fundamentos.
Se você nunca estudou fotografia, na Alura temos um curso que fala sobre os fundamentos e te ajuda a entender os conceitos básicos de fotografia. Conhecê-los é muito importante, pois eles não serão abordados ao longo desse curso, mas precisamos deles para colocar em prática algumas coisas.
Em um primeiro momento, vamos revisar os conceitos relacionados à luz e veremos como fazer a captação na câmera. Falaremos, então, sobre os primeiros pilares. São eles:
Também vamos entender como controlar a forma que a câmera lê.
Em um segundo momento, nas aulas 2 e 3, vamos entender a luz natural: saberemos quem ela é, como ela se comporta, qual tipo de coloração ela pode ter, e como podemos posicionar nossas pessoas-modelo em relação ao Sol em diferentes posições.
Na sequência, vamos entender sobre as diferentes horas do dia: como fotografar na golden hour (em português, hora dourada); o Sol do meio-dia; e dias nublados.
Por último, falaremos sobre luz artificial, trabalhando com flash e em estúdio. Além disso, vamos entender como juntar as luzes artificial e natural quando precisamos ir à casa de uma pessoa cliente.
Espero você na próxima aula, onde vamos detalhar mais esse processo. Vamos dar início a esse curso?
Oi, que bom ter você aqui! Fico muito feliz em saber que você escolheu fazer esse curso junto comigo.
Nessa aula, vamos ver o que faremos ao longo do curso.
Em um primeiro momento, vamos trabalhar os pilares fundamentais da fotografia, os quais nos ajudam na captação da luz. Nos referimos a trabalhar a exposição.
Falaremos sobre o ISO, a velocidade do obturador, e o diafragma.
Depois, veremos que existem alguns recursos na câmera fotográfica que facilitam a leitura e como podemos usá-los como aliados, de modo a entender se temos uma foto subexposta ou superexposta.
No segundo momento, vamos falar sobre a luz natural: entenderemos que luz é essa; qual fonte de luz é o Sol; como ele funciona em relação à sua temperatura de cor e às diferentes horas do dia; e o que precisamos saber sobre o planeta, temperaturas e épocas do ano, que vai nos ajudar a otimizar o nosso trabalho.
Em um terceiro momento, vamos trabalhar essa luz.
Veremos, então: a hora mágica; como trabalhar com o Sol do meio-dia e em dias nublados; quais são e como funcionam os recursos que podem nos ajudar a resolver alguns problemas que esses tipos de luz podem trazer.
Na sequência, vamos descobrir ser possível controlar a luz natural, conforme o que ela nos entrega.
Geralmente precisamos trabalhar a favor dela, porém, existem recursos como rebatedores e difusores que nos ajudam a controlá-la um pouco.
Por último, falaremos sobre luz artificial.
Em um primeiro momento, vamos conversar sobre o flash, como começar a entendê-lo, descobrir como ele funciona, e quais são os pontos fundamentais que precisamos aprender para, posteriormente, nos aprofundarmos no assunto e trabalhar melhor esse recurso.
Nós vamos a um estúdio para fazer alguns cenários diferentes e ver como, com apenas 2 luzes, conseguimos fazer diversas coisas, como luz de e-commerce ou uma fotografia de modelo. Vamos aprender a fazer essa troca e a trabalhar esse tipo de luz com poucos recursos.
Depois, veremos como levar essa luz artificial para a casa de um cliente.
Caso você queira fazer algum ensaio comercial, por exemplo, para pessoas advogadas ou arquitetas que querem um trabalho para portfólio e a luz natural do ambiente interno é ruim, como podemos usar recursos de luz para que essa imagem fique mais interessante?
Espero que você curta muito o curso! Sempre que puder, após cada aula, deixe o seu comentário e interaja comigo no fórum.
Vamos começar?
Para começar de fato o nosso curso, vamos passar pelos pilares da fotografia.
São eles: o ISO, o diafragma, e a velocidade do obturador. Essas 3 ferramentas da nossa câmera nos fazem trabalhar com a exposição.
Portanto, esses são os pilares que vão nos ajudar a obter mais ou menos luz na nossa imagem. Vamos dar início aos estudos falando sobre eles.
O primeiro pilar é o ISO: a sensibilidade do nosso sensor. Dentro das câmeras, existe um sensor que capta toda a luz e faz a escrita da imagem.
Esse sensor tem vários números na nossa câmera, os quais podemos movimentar, conforme exibido na imagem abaixo:
Normalmente, o valor mínimo dele é 100, podendo ir a um valor muito maior: na maioria das câmeras, até 3200, 6400, variando para menos ou para mais.
O que precisamos entender a respeito do ISO?
Com valores baixos de ISO, as imagens ficam mais escuras, pois ele capta menos luz. Já valores altos, como o 25600, por exemplo, captam mais luz, resultando em imagens mais iluminadas.
A partir do esquema acima, podemos entender o seguinte: quando temos muita luminosidade, muita luz no ambiente, podemos manter o ISO mais baixo, por exemplo, 100; em contrapartida, quando temos pouca luminosidade, ou seja, estamos em um ambiente escuro e precisamos de mais luz, podemos aumentar o nosso ISO.
Porém, tudo que mexemos na câmera, tanto o ISO quanto o obturador, causa algum tipo de efeito. Precisamos estar sempre atentos a isso no momento de escolher o pilar que vamos utilizar para ter menos ou mais luz.
No caso do ISO, como podemos ver na imagem a seguir, o efeito trazido é de ruído, ou seja, há perda de qualidade, uma pixelização semelhante a ruídos de televisões antigas.
Trabalhando com o ISO menor, como 80 e 100, teremos uma foto com maior qualidade, maior nitidez, uma fotografia limpa e lisa.
Conforme aumentamos o ISO, isto é, conforme precisamos do sensor mais exposto para captar mais luz, o tipo de ruído também aumenta, o qual tira um pouco da qualidade da sua imagem e a deixa mais granulada.
Você provavelmente já escutou esse termo antes; isso ocorre devido a altos valores de ISO em imagens com pouca luz.
É comum que isso aconteça com fotografias de celular: a câmera tenta compensar um pouco a luz e temos um resultado mais granulado.
No exemplo abaixo, conseguimos ver do ISO 100 ao ISO 3200.
Note que, do lado esquerdo, correspondente ao ISO 100, temos uma foto limpa, lisa, com mais qualidade. À medida que aumentamos esse valor, obtemos fotos com menos qualidade.
Porém, tudo depende do tipo de fotografia que você está fazendo. Existem fotografias que exigem um ISO muito baixo com qualidade maior, e outras que não. Portanto, devemos pesar como trabalhar isso.
O próximo pilar é a velocidade do obturador.
Nós devemos pensar no obturador como se fosse o nosso olho, a nossa pálpebra, o piscar dos nossos olhos. O obturador abre e fecha, permitindo a entrada de mais ou de menos luz.
Veja a imagem abaixo e perceba haver vários números fracionados.
Velocidades mais rápidas, como 1/500 (correspondente a 1 segundo dividido 500 vezes), podem ser comparadas a piscar os olhos muito rapidamente.
Quando isso ocorre, ou seja, quando fechamos e abrimos o obturador de maneira muito veloz, nós congelamos o objeto. Em contrapartida, entra menos luz.
Portanto, caso você esteja em um contexto com bastante luminosidade, como um dia ensolarado, por exemplo, e queira tirar a foto de uma "altinha" na praia, registrando um movimento parado, conseguimos aumentar bastante a velocidade do obturador, congelar o movimento, e obter uma foto bem exposta, devido à quantidade de luz.
Quando estamos em situações com pouca luz, podemos diminuir a velocidade do obturador; seria como piscar os olhos mais devagar. Como ele está mais lento, a quantidade de luz que entra é maior.
Dessa forma, em um dia com mais sombra, reduzimos essa velocidade, abrimos bastante o obturador, e permitimos maior entrada de luz.
No entanto, ao fazer isso, gravamos o movimento no nosso sensor. Devido à menor velocidade do obturador, ele capta toda a movimentação e obtemos um efeito semelhante a vários fantasmas, reproduzindo o movimento do objeto.
Precisamos ter em mente que, se estamos em uma situação com pouca luminosidade e queremos diminuir a velocidade do obturador, os objetos ficarão em movimento. Sendo assim, a câmera deve estar muito segura, sobre um tripé ou apoiada em algo, e o objeto/pessoa deve estar estático.
Também podemos utilizar esse recurso para captar o movimento. Todos os registros que captam movimentos são feitos através do ajuste da velocidade do obturador.
Por exemplo: fotos de cachoeiras exibindo um véu, normalmente, são feitas dessa forma, com o obturador mais lento.
Outro exemplo são as fotografias light painting, imagens com escritas feitas a partir da luz.
Lembre-se: assim como no ISO, as variações de velocidade do obturador geram uma entrada maior ou menor de luminosidade.
Por fim, vamos falar sobre o diafragma.
O diafragma fica dentro da lente e é uma junção de placas de metal que abrem e fecham.
Esse pilar remete à nossa pupila: quando estamos em cenários noturnos com pouca luz, nossas pupilas aumentam de tamanho, enquanto em cenários ensolarados, elas diminuem.
A nomenclatura para o diafragma nos equipamentos é f
.
Quando o f
é muito pequeno, como f/1.4 e f/2, temos diafragmas mais abertos. Consequentemente, a quantidade de luz que entra é maior.
Conforme fechamos o diafragma, chegando ao f/16, temos menos espaço para a passagem de luz. Portanto, utilizamos esse valor em cenários luminosos.
Essa ação resulta em desfoque, conhecido como efeito bokeh. O desfoque promove a profundidade do campo que teremos.
Caso o f
esteja muito aberto, como o f/1.8, teremos, em um primeiro plano, a região focada com nitidez, e o restante desfocado.
À medida que aumentamos o f
, perdemos luz e obtemos mais profundidade de campo.
Observe o exemplo abaixo:
Note que, com f
mais abertos, há bastante luz; podemos ter, inclusive, fotos estouradas, como o primeiro exemplo, pois não compensamos a luminosidade com algum outro recurso. Já para f
mais escuros, teremos fotos com menos luz.
Veja a imagem a seguir:
Perceba que, para valores de f
mais abertos, como f/1.8, teremos a flor em foco e o fundo completamente desfocado. Se quisermos o espaço inteiramente focado, tanto a flor quanto o gramado, teremos que aumentar o valor de f
.
Sempre que estivermos fotografando e pensando em exposição, será necessário unir esses 3 pilares. Essa união vai depender do que você pretende fazer com a sua fotografia.
Suponha que você queira uma foto com o fundo muito desfocado. Nesse caso, precisamos de um valor menor de diafragma, isto é, mais aberto, como f/1.4.
Nesse caso, não conseguimos compensar a luz com o diafragma, então vamos analisar se podemos fazer isso na velocidade ou no ISO.
Devemos nos questionar: qual pilar pode ser utilizado para compensar os demais e obter uma exposição de luz ideal?
Se quisermos, por exemplo, que a personagem da foto esteja em movimento ou que ela esteja congelada, como vamos utilizar o diafragma e o ISO em cada caso para ajustar os pilares?
No material complementar em Para saber mais, há um site que contém um simulador onde você consegue brincar com a mistura dos 3 pilares, de modo a entender um pouco melhor o assunto.
Esses são os primeiros pontos que precisamos compreender ao falar sobre luz: eles influenciam diretamente na exposição, isto é, na captação da luz, então precisamos desse entendimento no momento de fotografar e pensar sobre iluminação.
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