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Fotografia: criando intimidade com a pessoa retratada

Referências - Apresentação

Olá, tudo bem? Eu me chamo Flávia Palazzo, trabalho com fotografia há quase 10 anos e amo retratar pessoas.

Nesse curso vamos passear um pouco sobre a minha maneira de trabalhar. Vamos entender um pouco sobre como conseguir as referências para esse trabalho, como entrar em contato com cliente, conectar-se e entender do que ele precisa. Vamos falar também um pouco sobre o dia da sessão de fotos, vai passar por alguma sessão de fotos, vocês irão ver minha forma de trabalhar.

E por último, como editar, escolher boas imagens e a entrega para o cliente. Eu espero que vocês curtam muito, vamos comigo para esse curso.

Referências - O que vamos ver nesse curso

Nesse curso a primeira coisa que vamos aprender é sobre referências. Para entender o que são referências, será que é só estudarmos as técnicas de um fotógrafo, o tipo de luz que ele usa, a colorização que ele faz ou também entendermos que todas as experiências fazem parte das nossas referências? Uma comida gostosa que comemos, um cheiro que sentimos, uma luz que vimos, um livro que lemos, tudo isso faz parte de referências.

Na segunda aula vamos partir para pré produção, vocês vão entender um pouco como é o trabalho, o que é importante, o que é fundamental. Vamos ver também uma entrevista com o retratado, que para mim é a parte mais importante do ensaio, é você conectar-se com o outro, você entender as necessidades dele, ver o que você precisa, vocês alinharem as expectativas para ter um ensaio perfeito.

E depois quais são os materiais que eu uso para ter um ensaio com um bom andamento, meu equipamento, as minhas lentes, tudo que eu acho fundamental para o bom andamento do ensaio. Na terceira aula nós vamos falar sobre o dia das fotos, vamos falar sobre as locações, como eu escolhi essas locações, o que é importante perceber, como escolher, como arrumar esse espaço e também vocês irão ver eu retratando duas pessoas, que é o Douglas e a Fabiana.

Vocês irão ver esse processo de como se dá minha relação com o retratado durante a sessão de fotos e as dicas que eu vou dando no processo. Por último, na última aula, vamos ver a pós produção que é como escolher as fotos, o que é mais interessante e menos interessante, como editar, como colorir, como mexer nessas imagens e também como que eu as trato no Photoshop quando eu preciso de algum complemento um pouco mais específico, quando eu quero limpar alguma coisa e a entrega desse material para o retratado.

Eu espero que vocês curtam esse curso e vamos começar.

Referências - Sobre referências

Hoje eu queria conversar com vocês um pouco a respeito das referências. Eu vou deixar aqui no material complementar de vocês uma lista de fotógrafos retratistas que eu acho incrível e por que eles são incríveis para vocês darem uma olhada e estudarem. Eu queria falar com vocês sobre outros tipos de referências, porque eu acho que todas as nossas experiências, tudo o que está ao nosso redor constituem o que somos e isso, automaticamente, vai transbordar na nossa fotografia.

Muitos livros que eu li, poesias que me afetaram muito, músicas que eu escuto me ensinam muito e me ajudam entrar em contato com meus sentimentos. Isso faz com que eu acabe me expressando de novas formas, de maneiras diferentes porque eu vou entendendo como eu sinto, eu vou elaborando esses meus sentimentos através da literatura, por exemplo, e aí eu consigo me expressar de uma maneira diferente na minha arte que é a fotografia.

Uma música que escutamos, esses artistas incríveis que produzem música que fazem com que entremos em contato com os sentimentos que às vezes nem entendemos muito bem, aquela música que te dá vontade de pular, de dançar, que te deixa feliz, como reproduzir isso na fotografia. Ou aquela música que te deixa um pouco mais melancólico, triste, vulnerável e é tão bonito retratar isso também.

Como vamos conseguir expressar isso, a música normalmente me leva muito para esse lugar, eu uso muito da música para criar. Porque ela me faz entrar em contato, me traz aquele mood, aquela sensação que eu preciso de repente para conseguir expressar alguma coisa, por isso eu gosto muito.

Ou, por exemplo, estudar pintores, eu adoro a época barroca para entender posicionamento de mão, entender sobre luz, buscar outras referências. Estudar filosofia, psicanálise que me ajuda muito a entender sobre o ser humano, me ajuda a aprender elaborar meus sentimentos, a entender sobre o outro e isso é tão importante porque me ajuda a me comunicar e a me conectar mais fácil com o retratado.

Porque eu consigo ter um diálogo diferenciado, uma escuta diferenciada também, entender aquilo que ele precisa, o que eu preciso, conseguimos conectar-se, afetar-se porque buscamos outras áreas de conhecimento, isso é muito importante.

A fotografia é muito isso, conseguir construir esse cenário, construirmos esse ambiente. E quando entramos em contato com nossos sentimentos, quando conseguimos entender tudo isso de uma maneira muito melhor temos mais controle para poder criar esse cenário, para conseguirmos afetar o outro e conseguir mostrar para o outro qual é o nosso sentimento naquele momento.

Nós também temos que buscar referências em outros lugares como caminhar na rua, temos que ser curiosos, prestar atenção nas coisas. Essa caminhada na rua, olhar as pessoas como elas se expressam, como elas se relacionam, como elas se movimentam, olhar a luz, como quando você está em um parque senta e fica observando como a luz bate em uma planta, como cada tom de pele reflete a luz em diferentes horários do dia. Curtir um nascer do sol, um pôr do sol, um meio dia, entender como é essa diferença de luz, uma luz mais dura, uma luz mais suave, suas tonalidades.

[03:16] Isso é muito importante porque você vai começar a aprender aquilo que você gosta e aquilo que você não gosta e aquilo vai ser uma referência para nós, isso tudo faz o que somos.

Todas essas experiências que temos, de você parar, observar as pessoas na rua, entender a luz, lembrar do cheiro das coisas, usar todos os nossos sentidos a favor porque todos os nossos sentidos, todas as nossas experiências vão constituir a nossa semiótica, vão constituir o nosso inconsciente e isso vai transbordar na nossa fotografia.

Temos noção que as nossas experiências fazem com que sejamos seres únicos no mundo e é isso que vai criar a nossa identidade, é isso que vai fazer o nosso diferencial. Quando pensamos em como criar uma identidade, como diferenciar-se de tantos fotógrafos que existem por aí é isso, são as experiências de cada um. Cada um teve as suas experiências, comeu, sentiu, viveu, se relacionou de forma individual e é isso que vai diferenciar você, é isso que vai fazer com que você ache uma linguagem própria.

Claro também que temos que pensar, não precisamos nos engessar nessa linguagem, nós mudamos muito ao longo da vida, criamos novas referências, temos novas experiências, o nosso gosto muda também. Nós também temos que ter um pouco de carinho conosco e nos permitir mudar ao longo do tempo e essa linguagem mudar também, mas dar atenção a isso, respeitar os nossos processos porque é isso que vai fazer com que essa fotografia traga verdade e a verdade é o que se comunica com o outro.

E é através da verdade que você vai conseguir afetar as pessoas, a nossa verdade é única e ela vem através das nossas experiências, dos nossos sentimentos de entrarmos em contato com eles e podermos observar tudo.

É claro, que é muito importante também estudarmos outros fotógrafos, usá-los como referência, mas como fazemos isso? É: "poxa, esse fotógrafo aqui tem uma luz incrível, eu acho linda a maneira como ele trabalha isso. Como que eu vou fazer isso, como vou replicar essa luz?" Isso é uma referência, é pegar "nossa, esse trabalha assim a luz" ou então "ele usa esse tipo de colorização, as cores dele são tão bonitas, como eu faço para chegar a esse tipo de cor?".

É esse tipo de coisa que temos que pegar como referência de outros fotógrafos, e de outros artistas. Aprender a aprimorar a nossa técnica para conseguirmos o resultado que pensamos na nossa cabeça. Sempre tendo em mão que temos que expandir nossa mente, abrir a nossa cabeça para as experiências.

Permita-se experimentar, viver as coisas, buscar referências em outros lugares, não pense só em ficar olhando mood do outro, mas pense nas suas experiências, nos seus sentimentos porque com certeza é isso que vai trazer a verdade e é isso que fará você ter sucesso e criar imagens de impacto. Espero que tenham gostado desse vídeo, até o próximo.

Sobre o curso Fotografia: criando intimidade com a pessoa retratada

O curso Fotografia: criando intimidade com a pessoa retratada possui 137 minutos de vídeos, em um total de 28 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Fotografia em UX & Design, ou leia nossos artigos de UX & Design.

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