E aí pessoal, tudo bem? Meu nome é Pedro Piovan, nesse curso vou te ensinar como podemos conduzir um Design Sprint 2.0 para criar um produto que seja realmente desejável para os nossos usuários finais, nossos clientes.
Vou ensinar a como passar pelo processo do Design Sprint. O processo do Design Sprint é um pouco diferente do processo de construção de um produto; em que não pensamos em como criar o produto, construir realmente produto e depois lançar para só depois aprendermos realmente qual é a percepção dos nossos usuários. Com Design Sprint 2.0 buscamos sair da ideia de um aplicativo, da ideia de um produto e direto para etapa de aprendizagem, para que consigamos fazer isso o mais rápido possível, economizando o máximo de tempo e esforço do nosso time.
Então, durante esse curso eu vou ensinar como passar pelas quatro etapas do Design Sprint, ou seja, como conduzimos uma etapa de empatia e ideação, como fazer um processo de definição de solução de um aplicativo ou de um produto, como prototipar e quais são as técnicas realmente eficazes de prototipagem e como que testamos gerando insights valiosos com base no feedback do nosso cliente, do nosso consumidor final ou do nosso usuário.
Então, nesse curso vou ensinar como facilitar todo esse processo. Vamos nessa?
Passando pelo Design Sprint 2.0 queremos ajudar a Loop que é um aplicativo de delivery de comida a gerar mais pedidos pelo seu aplicativo, desenhando um produto melhor. E para isso é muito interessante entendermos quais são os melhores momentos para utilizarmos o Design Sprint 2.0.
Um momento muito bom para utilizarmos o Design Sprint 2.0 é quando o time está paralisado, quando o time não sabe o que fazer ou aquele projeto já está engavetado há muito tempo - e precisamos recuperá-lo de alguma forma, precisamos acelerar esse processo.
Outro momento interessante é quando temos pouco tempo, quando o time já está realmente muito aquecido para fazer aquele projeto acontecer, mas temos um espaço de tempo muito comprimido para que ele aconteça.
E um terceiro momento que é muito interessante utilizarmos o Design Sprint 2.0 é quando há um risco muito grande, ou seja, precisamos testar alguma coisa antes de realmente lançar esse produto no mercado. Por exemplo, no caso da Loop precisamos sair rápido da ideia de como que podemos ajudar a Loop a fazer mais pedidos, por meio de um bom design de produto e vir para essa etapa de aprendizado o mais rápido possível.
Descobrir como, sem construir um produto gigantesco e sem lançá-lo, para depois aprender - porque muitas vezes acabamos tendo muitas reuniões desnecessárias, o processo pode ficar muito grande. “Ah, vamos construir um aplicativo...”. Nossa, é uma infinidade de coisas que a gente precisa fazer. Quando pensamos em prototipar e testar rápido, buscamos aprender o mais rápido possível se estamos no caminho certo ou não.
E é isso que diferencia o Design Sprint 2.0 de outras metodologias. Então, por exemplo, o Design Thinking é mindset, é uma forma de pensar baseada em partir a colaboração em prototipagem. Temos o processo do Design Thinking na tela. Primeiro passamos por uma etapa de empatia, entendendo quais são as necessidades do cliente e o que ele realmente precisa na jornada dele. Depois redefinimos qual é o nosso desafio.
Porque localizamos um ponto mais provável nessa jornada que faz sentido trabalharmos, idealiza uma solução, prototipa e depois testa. Só que o processo do Design Thinking é muito amplo, muito aberto e exige um alto conhecimento do facilitador, para ele saber exatamente o que deve fazer. Enquanto o Design Sprint é um método muito compacto, que em 4 dias passamos por ele.
O Design Thinking não, às vezes dura uns seis, oito meses para entendermos o desafio que temos. Diferente também do Scrum que é um método ágil, que é uma forma de se construir produtos. Scrum está muito mais relacionado a essa etapa de build - de construir. O Scrum serve para construir, todos os métodos ágeis são voltados à construção e não necessariamente aprendizado rápido.
O Design Sprint tem essa diferença, prototipamos rápido, testamos rápido para sabermos se estamos indo no caminho certo ou não. Tem até um gráfico que eu gosto de usar bastante que é esse aqui (abaixo) o Design Thinking é essa bolinha azul que podemos ver. Ele serve muito bem quando temos um modelo de negócio ou ele "meio validado’"e que já tem mais ou menos o caminho para a solução ou ainda estamos no problema. Ou seja, estamos ainda descobrindo como podemos solucionar isso.
O Agile, Scrum ou qualquer outra metodologia ágil está no final, pois temos um "go to Market", você já sabe como se inserir no mercado, já temos um modelo de negócio validado e agora só precisa executar. O Design Sprint (que é a bolinha verde) nos leva em um curto espaço de tempo a validar realmente o modelo de negócio e a entender qual solução que tem entrada no mercado mais rápido possível.
Então Design Sprint, por exemplo, não cabe para quando ainda não descobrimos nada sobre o modelo de negócio, sobre quando ainda só estamos no problema, nem pensamos numa solução. O Design Sprint serve exatamente para quando já pensamos numa solução, só que ainda não a tangebilizamos. E para quando ainda estamos validando o modelo de inserção de mercado ou o modelo de negócio.
Esse é o momento ideal para trabalharmos com a Loop, por exemplo, porque a Loop já está no mercado, já tem um aplicativo rodando, só quer otimizar e melhorar o seu produto para que gere mais vendas por meio de um bom design de produto.
É isso que faremos com a Loop, é nesse desafio que entraremos nesse curso. Beleza?
Antes de entrarmos no Design Sprint é muito importante entendermos de onde que ele veio e o que temos de fazer para prepararmo-nos para entrar nele.
O Design Sprint foi criado lá na Google Ventures. Então existe o Google, a Gigante Google que tem um braço que investe em startups e investe em empresas, chamado Google Ventures. E lá no ano de 2002 eles entenderam que as 150 empresas que estavam em seu portfólio - investidas, tinham dois problemas: elas não conseguiam nem resolver problemas e nem rápido.
O quê que eles fizeram? De 2002 a 2010 passaram estudando diferentes formas de ajudar essas empresas a crescerem de forma mais rápida e mais saudável.
Não criando soluções gigantescas, sem base, sem propósito e em 2010 eles anunciaram para o mundo “criamos uma metodologia que consegue ajudar empresas a resolver problemas ou a concretizar produtos em apenas cinco dias”.
E todo mundo falou “nossa, que demais” e várias empresas começaram a utilizar. Em 2016 eles revisitaram esse processo junto com a consultoria alemã que se chama AG Smart e eles criaram Design Sprint 2.0, que é o método que eu vou passar junto com vocês, que exercitaremos.
Basicamente o que Google Ventures fez? Juntaram o Design Thinking, toda abordagem de empatia de colaboração com Agile, ou seja, de fazer isso mais rápido possível.
E saiu mesmo a metodologia que se chama Design Sprint 2.0, que basicamente consiste em quatro etapas, passaremos por cada uma delas. O primeiro dia ou a primeira etapa focaremos em realmente entender o problema, entender a necessidade humana que envolve aquela demanda, que o chefe, por exemplo, da Loop nos pediu.
No segundo dia criaremos soluções e definiremos como elas serão estruturadas para o nosso teste ou para nosso protótipo. E no terceiro dia criaremos nosso protótipo de alta fidelidade. Ou seja, criaremos um teste, uma primeira versão para receber feedback rápido dos olhos finais, no nosso caso aqui de quem pede comida (eu imagino você peça comida, eu peço).
Daremos um feedback à Loop. E aí no quarto dia é quando esses usuários entram em cena falando sobre lançar todos os pontos que poderia ser melhor, dando sua opinião sobre o protótipo que lançamos.
Terminamos o quarto com um sumário falando exatamente o que a empresa deve fazer. Qual a direção que os usuários estão indicando para essa empresa seguir. Toda a abordagem de empatia do Design Thinking, a velocidade do Ágil (Agile) se juntam e formam o Design Sprint 2.0.
Depois de ter essa contextualização histórica, falaremos sobre o que você deve fazer antes de começarmos um Design Sprint.
A primeira coisa: você vai ter uma sala fechada só para você durante esses quatro dias, para você, para o seu time. Você vai precisar de uma sala que tenha no mínimo dois quadros brancos para poder escrever e vai precisar de mais alguns materiais. Então, é claro, existe o livro que você pode ter ou não, você não precisa necessariamente não é obrigatório ter o livro, mas você vai precisar de muitos blocos de notas adesivos (post-it) - pega um punhado deles e traga também algumas canetas esferográficas ou marcadora, qualquer uma dessas canetas e canetinhas e etc., precisaremos delas. Traga bastante folha A4 e fita crepe, tesouras são importantes também e canetões para escrevermos nos quadros grandes, que tivermos na sala e pontinhos (ou voting dots - que é o ‘ponto de votação’, são adesivinhos mesmo que você pode pegar e precisaremos deles, porque o processo em alguns momentos pede para fazermos votação) e aprendermos juntos.
E o mais importante: o timer. Por quê? Porque só temos quatro dias (se tivéssemos 10 semanas, 20 semanas não precisaria o timer, mas como temos apenas 4 dias necessitamos do timer). Quem vai ser o dono do timer? Você! você vai ser moderador.
Você é a pessoa principal, é a peça-chave para fazer isso acontecer. Você como moderador ou facilitador é a pessoa que vai garantir que saiamos no dia 4 com aprendizados e um protótipo ‘na mão’.
Normalmente temos três figuras-chave: um deles é o moderador, o outro é o decisor - aquela pessoa que realmente nas horas de maior turbulência, fala “dentre todas essas priorizaremos essa aqui”. E nunca excluímos as outras, sempre deixa aquelas outras separadas, mas a gente prioriza porque, de novo, só temos 4 dias e temos que passar por esse processo rápido.
Temos uma terceira figura que são os especialistas, ou seja, são as pessoas que sabem muito sobre aquele tema. No caso da Loop, para melhorarmos o nosso aplicativo precisamos de designer, de Engenheiros, de pessoas que saibam sobre o nosso cliente. Por exemplo, algumas vezes, a pessoa que trabalha na área de sucesso do cliente ou às vezes o vendedor já conhece muito do nosso cliente então precisamos dessas pessoas na Sprint. Por quê? Porque já que o conhecimento está com elas, apenas precisamos nos concentrar em fazer o processo bem feito que as ideias ou os conhecimentos que elas têm surgirão no meio do processo.
Normalmente você montará um time para passar por esse Design Sprint: com os especialistas, com o decisor e com o moderador. Atente-se para ter no máximo nove pessoas dentro da sala se passar de nove pessoas começaremos a ter muita divergência, haverá muita gente, muito barulho e começa aumentar o risco do Design Sprint não ser bem sucedido. Até 9 pessoas é o saudável para uma sala contando você! Você, o decisor, às vezes o CEO ou o gestor do produto, o gestor da área e os especialistas compõem esse time. Beleza?
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