Olá! A instrutora de Inovação & Gestão na Alura, Ana Ribeiro, vai se descrever:
Sou uma mulher de pele parda, olhos e cabelos castanhos. Uso um óculos arrendodados de armação preta. Está com uma regata preta, brincos e colar na cor prata. Ao fundo, um cenário de estúdio com iluminação azulada. À direita, uma estante com decorações e um letreiro azul neon da logo da Alura.
A Ana é quem vai te acompanhar nesse curso de Business Partner (BP).
É um conteúdo voltado para pessoas que atuam com Recursos Humanos (RH) e já possuem uma vivência nessa área, principalmente subsistemas especialistas - como recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento e people analytics.
Essa função é uma das mais requisitadas do RH pela gestão de empresas no mercado. Por isso, é muito interessante visite esse conteúdo para conseguir direcionar seus conhecimentos especialistas nas áreas de RH. E, assim, entender como cada um desses conhecimentos se aplicam na atuação de um business partner.
Desse modo, vamos entender como essa função aproxima o RH do negócio, ao considerar dados e demandas das pessoas, bem como entregas e expectativas que a empresa possui em relação à performance e resultado.
Para isso, vamos acompanhar a jornada da Paula que é business partner na ByteBank e possui um perfil generalista. E também do Jorge que tem um perfil especialista em treinamento e desenvolvimento e teve a oportunidade de fazer essa transição para business partner.
A Paula vai ajudar o Jorge durante seu onboarding a se preparar para encarrar esse desafio.
Vamos explorar teorias importantes sobre business partner e algumas metodologias que apoiam essa atuação. Além de desvendar competências essenciais para a função e aprender as rotinas de BPs.
Para aproveitar ainda mais esse conteúdo, é importante ter alguns conhecimentos sobre:
Claro, vamos aprender muita coisa juntos. Estamos animados para começar essa jornada com você. Vamos lá?
Vamos acompanhar a trajetória de Jorge nessa transição de carreira: de treinamento e desenvolvimento para business partner. Ele sai de uma área mais especialista para ir a uma área mais generalista, onde vai explorar novos conhecimentos e interações com outros níveis da organização.
Mas, vamos conhecer o perfil do Jorge primeiro?
O Jorge tem uma grande experiência em recrutamento e seleção (R&S), o que é muito importante para a atuação de business partner (BP). Afinal, também é um subsistema que atua em parceria com BP.
A função de recrutamento existe em diversos níveis da organização onde BP também apoia. Inclusive, Jorge teve a oportunidade de trabalhar com o contexto de competências. Então, essa experiência é muito válida e valiosa para a ByteBank.
Também já teve atuação em treinamento e desenvolvimento (T&D) que é algo valioso para a função de business partner. Ao longo da jornada de transição do Jorge, vamos entender que treinamento e desenvolvimento é um diferencial para entender as demandas da organização e conseguir buscar melhorias dentro das competências mapeadas.
Além disso, ele tem um conhecimento geral em departamento pessoal (DP). O Jorge confessa que essa não é a sua grande especialidade, mas tem noções de burocracias essenciais, consegue dialogar bem e conhece as funções essenciais que esse setor apresenta.
No momento, ele faz uma especialização em gestão de pessoas. Ele já tinha uma vivência nesse contexto, uma vez que o RH tem foco nas pessoas. Mas, quer se especializar por meio de um curso.
Destaca também que já recebeu muitos feedbacks positivos sobre sua boa relação com lideranças - o que possibilitou essa mudança na carreira. Assim, pode sair de uma área mais especialista e conseguir lidar diretamente com lideranças.
Vamos entender nosso conceito principal: o que é essa função de business partner? Como podemos definir esse cargo?
Em uma tradução simples e direta, podemos entender business partner como um parceiro(a) de negócios. É uma pessoa que tem grande proximidade com os objetivos e metas da organização, ou seja, está próximo ao negócio. Mas, ao mesmo tempo, tem um intermédio com outras áreas.
Uma definição geral de business partner é:
Atuação que diverge do perfil distante e apenas operacional do RH tradicional em relação às estratégias e objetivos do negócio.
Essa função não tem relação com essa imagem de um RH distante com o qual conversamos apenas em momentos pontuais da nossa carreira, por exemplo, para admissão, demissão ou atestado.
Com certeza, business partner não é uma atuação que parece distante do negócio ou do que as pessoas precisam. Pois, não tem um viés operacional de um RH mais tradicional.
Empresas que têm um RH mais tradicional tem uma maior probabilidade de ter um RH mais distante. Em contrapartida, o perfil de business partner é ter uma relação maior com as estratégias que impactam nas pessoas e também estar a par dos objetivos da estrutura da organização.
Ao entender essa definição geral de business partner, reconhecemos que o objetivo principal dessa função é aproximar o RH do negócio. O RH são todos os subsistemas, os quais devem trabalhar de acordo com os objetivos do negócio.
O pai do conceito de business partner se chama David Ulrich. Escreveu livros sobre o assunto e é uma grande referência para quem está começando a entender sobre a função.
No livro "Human Resource Champions", Ulrich traz a teoria de que o business partner tem esse perfil de consultoria interna com foco em unir o desenvolvimento humano com a estratégia e financeiro do negócio.
BP tem o intuito de ajudar as pessoas com seu próprio desenvolvimento, crescimento de carreira e suas necessidades. Em contrapartida, isso precisa estar de acordo com o que a empresa espera.
Assim, é uma consultoria interna, já que a função de business partner atende as pessoas que trabalham internamente na organização.
Mas, qual o impacto de ter essa função no organograma? Qual é a diferença de fato nos resultados, sensação de bem-estar das pessoas e satisfação do negócio quando temos profissionais de business partner na empresa?
Um levantamento feito pela consultoria de benchmarking CEB indica que business partner ajuda a maioria das empresas a ter um acréscimo de 10% na receita e 9% no lucro.
Essa é uma média calculada entre diversas empresas que participaram da pesquisa e demonstra que há uma diferença entre empresas que atuam com um RH tradicional para aquelas que têm um RH estratégico com a função de business partner inclusa no organograma.
O que traz esse benefício? A habilidade desse profissional de:
Ao mesmo tempo que essa pessoa se preocupa com o que o quadro de colaboradores precisa, ela também vai acompanhar o contexto do negócio. Por isso, quem exerce a função de BP precisa se preparar para estudar sobre a organização, demandas e oportunidades. Assim, vai conseguir não só tratar os problemas, mas também antecipar soluções e aproveitar as oportunidades.
O Jorge ficou encantando com a descrição dessa função. Vai ser um desafio, já que ele está saindo de uma área especialista. Assim, vai precisar aderir outros conhecimentos e aprender como colocá-los em prática.
Por isso, vai realizar um processo de onboarding de business partner para ajudá-lo a fazer essa transição da melhor forma possível. Para isso, vai contar com a ajuda da Paula, pois ela já é business partner na ByteBank. A Paula vai ensiná-lo os conceitos principais e apresentar as pessoas com quem terá contato.
Essa parceria será muito importante para o desenvolvimento do Jorge e também para o crescimento da empresa.
Ao longo desse onboarding, Jorge vai explorar como fazer a transição de especialista para generalista - a característica principal da função de business partner.
Por consequência, vai precisar explorar as competências técnicas (hard skills) e competências comportamentais e interpessoais (soft skills) necessárias para a função.
Adiante, vamos aprender a diferenciar os perfis de atuação do RH e entender as competências envolvidas nessa função.
Já temos uma definição do que é business partner, qual a origem da função e a ideia geral do que BP faz. Agora, vamos entender qual a diferença de uma pessoa profissional de business partner generalista e uma pessoa profissional de RH especialista. Também conheceremos qual o impacto dessa diferença na atuação, na prática.
A Paula já atua como business partner na ByteBank e tem algumas características de perfil específicas. Ela compartilha essas características com o Jorge para que ele entenda o que precisa se atentar para ter um desenvolvimento assertivo e, assim, atender o que a empresa precisa e procura.
Precisamos trabalhar competências técnicas e comportamentais para garantir um perfil que seja:
Deve ter um foco em resultado, porque tem um grande impacto nos objetivos do negócio. Por isso, precisa saber quais são as metas e o que é esperado das pessoas colaboradoras.
Também precisa manter bons relacionamentos, já que BP tem relacionamentos em diversos níveis da organização, principalmente com lideranças.
Além de ter uma capacidade de influência para antecipar problemas, aproveitar oportunidades e criar soluções. Para vender uma ideia que acreditamos que vá mudar algo na organização de maneira positiva, precisamos saber como expor essas ideias de modo que as pessoas prestem atenção. E claro, também é preciso saber negociar e entender os outros pontos de vista.
Por fim, deve-se ter uma relação de confiança para tomar decisões em parceria. Precisamos de uma pessoa profissional em business partner que trabalhe com dados. Mas, também precisamos confiar no conhecimento desse profissional e nas ideias propostas.
Por isso, é necessário criar estratégias para manutenção da relação de confiança com pessoas colaboradoras, lideranças e clientes atendidos.
Agora que o Jorge já sabe o que é esperado da função e quais os principais pontos que ele precisa desenvolver, é a hora de pensar no plano de carreira dele.
Enquanto passa pelo onboarding identifica pontos fortes e pontos que precisa se desenvolver, mas qual formato de plano de carreira enfocar ao migrar para uma área generalista?
Existem vários perfis que podemos conhecer dentre a grande diversidade de formatos de plano de carreira. Nesse vídeo, vamos focar especialmente no viés especialista e generalista.
Primeiro, vamos passar pelas definições de cada um desses perfis.
O perfil especialista apresenta uma atuação mais sistematiza e segmentada, contribuindo de maneira mais detalhada em projetos e desafios específicos.
É uma atuação literalmente especialista, porque tem foco, bagagem e temática específica.
O Jorge atuava com esse perfil em treinamento e desenvolvimento. Por isso, tem uma grande especialidade dentro dessa área, conhecendo técnicas e teorias.
Contudo, Jorge agora vai precisar se aprofundar na definição de generalista. Mas, o que é esse perfil generalista?
No geral, o perfil generalista apresenta uma atuação que transita em diferentes subsistemas, possuindo um conhecimento mais extenso, porém nem sempre profundo em todas as áreas.
Enquanto o especialista precisa ter uma profundidade muito grande de conhecimento em sua área de especialidade, o generalista pode ter uma especialidade, mas também tem um conhecimento extenso em diversas áreas.
Por exemplo, o Jorge continua a ter uma grande especialidade em treinamento e desenvolvimento, mas precisa se desenvolver em outras áreas. Contudo, ele não necessariamente vai ter uma profundidade e ser especialista em todas as áreas.
Em outras palavras, ele precisa ter noções da maioria dos subsistemas de RH para se tornar um business partner. Claro que a tendência é ter uma boa especialidade em vários segmentos a depender do nível de senioridade.
Com isso, qual a vantagem de ser generalista? Por que deixar de ser uma pessoa com plano de carreira em uma especialidade para se tornar uma pessoa que busca especialização a cada momento em uma área diferente?
Para a organização, ser generalista é vantajoso para uma função de business partner. Afinal, a função já tem uma característica de precisar ter uma ótima comunicação com diferentes níveis e áreas da empresa.
Assim, uma pessoa business partner de RH precisa conversar com as áreas de RH e suas gerências, áreas de negócio e também lideranças. Ter esse conhecimento generalista vai tornar o diálogo mais assertivo, pois a pessoa entende sobre as áreas, sabe quais as perguntas certas a se fazer e conhece as métricas.
BP não necessariamente vai atuar naquela área tanto quanto as pessoas especialistas, mas vai saber conversar, buscar resultados, contribuir com estratégias e compartilhá-los com o negócio.
Por isso, o perfil generalista é muito importante para quem faz um papel intermediário - como no caso da função de business partner.
Agora, precisamos pensar em um plano de carreira em um formato com o qual Jorge consiga se desenvolver como business partner.
A partir do momento em que definimos um plano de carreira, esse formato guia muito o desenvolvimento da pessoa. Por isso, devemos pensar que tipo de conteúdo é importante para essa pessoa consiga seguir esse caminho de carreira. Especialmente, para o Jorge que está no onboarding com apoio da generalista Paula.
Vamos entender o que é plano de carreira e qual o impacto para quem está se desenvolvendo.
O Plano de Carreira é parte tangível do processo de gestão de carreira, que possibilita à pessoa colaboradora conhecer os requisitos, atribuições, competências dos cargos e as formas de ascensão. - Claudio Queiroz e Cristiane Leite
Essas são as características essenciais de um plano de carreira.
Existem diversos modelos disponíveis para plano de carreira no mercado. Inclusive, as empresas podem criar caminhos internamente. Mas, vamos dar três exemplos de modelos comuns para entender como escolher entre eles: a carreira em I (ou carreira em linha), carreira em Y e carreira em W.
A carreira em linha, ou em I, é uma linha de especialista. Ou seja, é uma progressão dentro da mesma área e atuação. Com isso, você tem um caminho definido dentro da sua especialidade.
Já uma carreira em W é uma linha de gestão técnica. É um formato que combina conhecimento técnico com um potencial multidisciplinar de liderança das áreas.
Provavelmente, a pessoa que segue esse modelo já trabalhou como especialista na área técnica. Com isso, consegue desenvolver o trabalho por conta de seu conhecimento, mas também desempenhar um papel de liderança.
Por fim, a carreira em Y é uma carreira generalista e corresponde ao formato comum das carreiras em business partner.
Dentro do Y, observamos um caminho em duas vertentes como a bifurcação da letra Y. Na base, se começa por um caminho especialista. E na bifurcação, existem duas vertentes de generalista.
Com isso, essa pessoa consegue aprender sobre diversas áreas e também atuar em conjunto com outras pessoas - o que corresponde a função de business partner.
Assim, tem potencial para perfil estratégico em parceria com lideranças e gestão.
Em outras palavras, tem conhecimento do que acontece no operacional, mas o analisa de maneira estratégica ao pensar em como potencializar entregas e desenvolvimento das pessoas. Além disso, consegue pensar em como atuar em parceria com outras áreas, lideranças e gestão dentro da bifurcação.
Esse é o formato de carreira esperado para um business partner. Por isso, será o que o Jorge vai focar para traçar seu plano de desenvolvimento.
Adiante, vamos estudar os pilares do cargo de BP.
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