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Ajuda entre IAs, limitação de tokens, intimidade artificial e mais – Hipsters: Fora de Controle #03

Ajuda entre IAs, limitação de tokens, intimidade artificial e mais – Hipsters: Fora de Controle #03
Paulo Silveira
Paulo Silveira

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Introdução

Nesse episódio do podcast "Hipsters Fora de Controle", um programa imperdível para quem é entusiasta de tecnologia e interessado em inteligência artificial. Mergulhamos em discussões fascinantes sobre diversos aspectos da IA, ferramnteas que estamos usando no dia a dia, explorando temas como a ajuda entre IAs, a limitação de tokens, a intimidade artificial e muito mais.

Nossos convidados especiais trazem uma riqueza de conhecimentos e experiência para o debate: Paulo Silveira, nosso host fora de controle, convida Guilherme Silveira, CINO na Alura; Marcus Mendes, host do Bolha DEV; Sérgio Lopes, CTO da Alura; e Chris Dias, host do Podcast Boa Noite Internet. Juntos, eles fornecem insights valiosos e perspectivas diferentes sobre o mundo em constante evolução da inteligência artificial.

Prepare-se para se envolver em conversas envolventes e descobrir como a IA está moldando o presente e o futuro. Sintonize-se no podcast "Hipsters Fora de Controle" e embarque nessa jornada fascinante de descoberta e conhecimento sobre a inteligência artificial.

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Ajuda entre IAs, limitação de tokens, intimidade artificial e mais — episódio 03

Ouvir um pouco de:

Paulo Silveira

Oi, você está no podcast "Hipsters fora de controle". O spin-off agora se dedica exclusivamente a uma única tendência: inteligência artificial e suas aplicações.

E estamos aqui em mais um episódio do "Hipsters fora de controle", totalmente focados em inteligência artificial. Vamos abordar a parte prática, para que você possa entender o que já é possível fazer hoje em sua profissão, trabalho ou até mesmo ajudar amigos a realizarem suas tarefas de forma mais eficiente e rápida. Afinal, todos nós enfrentamos esses desafios diariamente.

Nessa conversa de hoje, tenho a companhia do Sergio Lopes, o CTO da Alura, Marcos Mendes do Bolha Dev e Guilherme Silveira, de inovação da Alura. Além disso, temos um convidado muito especial que veio através da Julia Chagas. O Cris Dias, para quem conhece lá do "Boa Noite Internet".

Então, vou começar desejando um bom dia, Cris. Tudo bem?

Cris Dias

Opa, bom dia, bom dia, bom demais, está aqui. Então, tenho nem roupa, o famoso “tenho nem roupa para estar aqui”.

Paulo Silveira

Até parece! Fica o jabá para o "Boa Noite Internet", para os episódios também antigos, que têm um storytelling incrível, um mecanismo de narrativa que vale muito a pena você escutar. Vai estar o link na descrição, que o Marcos está colocando agora. Magicamente, apareceu no seu Spotify esse link para o podcast do Chris.

Eu queria começar então falando de ferramentas, né? Essa primeira parte é para a gente falar sobre o que estamos usando. E esse aqui não foi eu que usei. Eu estava conversando com o nosso CFO aqui da Alura e ele fez uma apresentação sobre como funciona, na parte financeira, de projeção, o tal do FPNE, para quem conhece. E ele fez uma apresentação toda colorida, cheia de texto, toda bonitona. Ele falou então: 'Paulo, usei o gamma.app'.

O gamma.app é uma dessas várias ferramentas generativas, e ele gera o layout, algumas palavras-chaves, alguns desenhos, algumas imagens e cores para você criar o slide. Então, se você é que nem eu e sempre fez slides em markdown, em texto puro, ou uma palavra por cada slide, que sempre odiou o PowerPoint, não consegue ajustar nada, linha nenhuma, o Gamma é uma opção. Eu acho que eles geram umas apresentações meio exageradas, tudo meio over assim, mas enfim, bem melhor do que as minhas.

Então, fica aí essa dica de ferramenta, o Gamma.app, que obviamente vai ser engolido também pela Microsoft, pelo Google Slides, todas essas outras ferramentas vão..."

Cris Dias

O próprio canva agora está fazendo isso.

Paulo Silveira

O próprio canva está fazendo isso e também em todos os outros aspectos também, não é Cris?

Cris Dias

"É, ele está... Assim, eu gosto que ele gera o esqueleto, né? Eu também tenho a mesma dificuldade que você de fazer a apresentação. Compartilho esse ódio pelo Power Point. E você bota lá a apresentação sobre o resultado financeiro da empresa. Ele vai gerar o esqueleto e depois você preenche, ele gera as imagens também. Eu estou brincando aqui, estou achando bem legal. Inclusive, fiz uma apresentação sobre inteligência artificial, claro, nele. Porque é tipo o Hello World da inteligência artificial, né?"

Paulo Silveira

No canva mesmo.

Cris Dias

Não, fazer alguma coisa sobre inteligência artificial na inteligência artificial. É tipo o “Hello World”.

Paulo Silveira

Ah, sim.

Cris Dias

Crie uma apresentação sobre inteligência artificial usando inteligência artificial.

Paulo Silveira

Perfeito.

Cris Dias

É como eu começo as coisas.

Sérgio Lopes

Eu queria saber se eles inventam os números bonitos lá para a apresentação financeira.

Paulo Silveira

Isso que eu pensei, Sérgio.

Porque o Chris falou assim, depois você vai lá e muda, às vezes não precisa nem mudar, porque o pessoal não lê mesmo, né? As apresentações?

Cris Dias

Contabilidade criativa. É o nome.

Sérgio Lopes

Agora com a IA, ficou ótimo.

Marcus Mendes

Bom, a ferramenta que tenho usado bastante, inclusive para fazer parte da produção do podcast e a transcrição, seja para fazer o post, etc. É o Whisper Transcription, baseado no modelo do Whisper da OpenAI. Não sou muito técnico, então preciso de algumas ajudas para acessar essas ferramentas e foi exatamente isso que encontrei.

Existe um modelo que as pessoas usam, jogando no GitHub, etc, para fazer uso. O que fiz foi encontrar um programa, um appzinho de Mac chamado Whisper Transcription, que se vale do modelo da OpenAI e disponibiliza diferentes níveis de precisão para a transcrição, que pode ser identificada automaticamente ou indicada por você. Há suporte para português, inglês e 40 outros idiomas diferentes.

No primeiro episódio, fiz a transcrição com o modelo médio, e agora, para o segundo episódio da semana passada, fiz a transcrição com o modelo mais preciso e avançado. Foi curioso, pois o modelo médio levou três minutos e o mais avançado levou 15, o que nos dá uma ideia para um episódio de 40 a 45 minutos. Rodando agora com um Mac com M2, já percebi algumas melhorias na precisão.

Por exemplo, na semana passada, o Paulo comentou que escreveu "hipsters" com "R" em vez de "H" e colocou entre aspas. Dessa vez, não, ele já entendeu melhor os contextos e sabe colocar aspas quando, por exemplo, você vai falar "a pessoa falou", "deixa eu ir até o horário", já coloca essas coisas em aspas, tudo certinho.

E o que faço depois que ele faz a transcrição é ir acompanhando o áudio do podcast. Eu passo ali e faço pequenas correções. Por exemplo, ele quebra por segundos, né? Então, a transcrição, na metade de um segundo, eu terminei de falar e, por exemplo, nesse segundo, o Cris fala alguma coisa, ele vai incluir o que Cris falou na minha fala, e aí eu vou lá manualmente e tiro isso.

Cris Dias

Mas ele bota o timecode, ele diz em que cada segundo cada pessoa está falando.

Marcus Mendes

Sim, sim, sim, você tem um timecode, uma timeline também, que você vai arrastando, e a transcrição do texto vai acompanhando isso, inclusive porque ele dá suporte à exportação em SRT, etc., para legendagem de vídeos, se precisar. E uma coisa que faço manualmente, mas sei que existem formas automáticas disso acontecer com o próprio apoio da Whisper, é a identificação de cada pessoa que está falando. Tenho feito isso manualmente, então é um trabalhinho, mas é mais ágil do que fazer a transcrição inteira na mão. Mas, assim, eu usei ele.

Cris Dias

Aprende a palavra "hipsters" no terceiro, quarto, quinto episódio, ele já entende que é essa palavra ou você precisa ficar retreinando.

Marcus Mendes

Não me parece que esse é o caso ainda, né? É o tipo de coisa que a gente sabe que inevitavelmente vai acontecer, mas nesse momento, cada vez que você começa ali uma transcrição, ele começa do zero, se apoiando só do modelo original.

Paulo Silveira

Então, Marcos, ele está colocando com "R" ainda?

Marcus Mendes

Não, não necessariamente. É curioso. talvez se o fonema anterior facilitar o dificultado para ele ele consegue entender que é um hipster da palavra hipster ou mas na última vez ele não escreveu hipsters com r em momento nenhum teve momento que ele colocou aspas e momento que ele não colocou aspas por algum motivo mas o nível de acerto assim é chutando aqui eu diria que é de 90 a 95%.

Paulo Silveira

Então vamos deixar aqui o teste, né? Hipster hipsters hipsters vamos ver o que que sai.

Sérgio Lopes

E eu quero ver o que que vai fazer com as aspas falou das aspas dentro das aspas. Aspas, aspas recursivas, atenção bot, quero ver as aspas.

Marcus Mendes

Mas ainda, usei poucas vezes, mas ainda me impressiona cada vez que eu uso, é entender essas pequenas coisas que a gente tá acostumado a imaginar que o modelo vai tropeçar, ele consegue resolver e ainda tá bem impressionante, cada vez que eu uso ainda fico só olhando meio babando assim, para o computador. Falo “que legal”, que isso tudo está acontecendo e está acessível para a gente poder usar.

Paulo Silveira

Guilherme, você também tem ajudado com a transcrição para o time de didática e na Alura também é com o Whisper. Só para lembrar, há toda essa tendência devido à generatividade, mas o Whisper e outras ferramentas, provavelmente, já existiam antes. Elas ganharam impulso agora também porque devem estar utilizando outras ferramentas por trás.

São ferramentas que surgiram antes desse boom dos modelos de linguagem gigantes, não é? Enfim, acho justo... aqui estamos aproveitando o hype, é isso que eu quero dizer.

Guilherme Silveira

Bom, vou dar o exemplo da transcrição dentro da Alura do que a gente está trabalhando e aí vou misturar o que o Cris falou com o que o Marcos falou, misturando os dois para chegar no resultado final. Temos o trabalho meta que o Cris mencionou da palestra "IA feita por IA” e o trabalho de transcrição que consiste em pegar algo humano e transformá-lo em texto no caso.

No meu caso, tenho esse trabalho de transcrição no processo de gravação, mas não quero que as pessoas tenham que instalar nenhum software. Deve ser um servidor simples onde se envia o arquivo e pronto, com o mínimo de interação possível para obtermos um resultado mais próximo do final. Então, automatizar isso seria o ideal. Para isso, utilizei o chatGPT e o GitHub Copilot para gerar o sistema que recebe os vídeos, transcreve-os e executa determinadas ações.

Como o Marcos mencionou, há algum processo humano que ocorre depois, um processo que trata esse texto. Imagino que o Marco também tenha seus próprios caminhos, que provavelmente serão semelhantes de alguma forma. Por exemplo, precisamos remover os "nés", não é? Acabei de falar um agora mesmo. Na transcrição, naturalmente, precisamos remover os "nés" porque não estamos lidando com legendas, mas sim com uma transcrição com certas características.

Portanto, precisamos fazer esse processamento que originalmente seria feito manualmente, mas agora podemos contar com o impulso do GPT.

Paulo Silveira

Ah Gui, então sobre isso, posso dizer o seguinte: pegue essa transcrição para o GPT, por favor. Pegue a transcrição e remova o excesso de informalidade, além de verificar se há palavras anglófonas que foram transliteradas de forma muito "portuguesa", o que não é o caso. Por exemplo, "hipsters" com "h". Depois disso, podemos submeter o texto ao processo e obter uma transcrição mais adequada, próximo do que a gente gostaria.

Guilherme Silveira

Próximo do que a gente gostaria. É isso mesmo. Então, temos aqui um pipeline, o primeiro passo é o whisper, um AI que faz algo que é o whisper literalmente. Estou usando especificamente o whisper remoto do API, em vez do local. Depois, vem o segundo passo, que é o GPT, também utilizando a mesma API, com poucas modificações. O código que gerou tudo isso foi desenvolvido com a ajuda do Copilot e do chatGPT, que são ferramentas de opinião.

Paulo Silveira

Ah, é isso que você queria brincar com Chris, que é a IA ajudando a IA para fazer a IA.

Guilherme Silveira

Isso mesmo, isso mesmo.

Cris Dias

IA section. É. Mas como vocês lidam com o tamanho, o tamanho do problema que tem uma dimensão? Às vezes, quero pegar um podcast de 45 minutos e dizer, resuma esse episódio para mim. Como vocês dividem isso?

Marcus Mendes

O resumo é ainda um problema devido ao tamanho. Se você pedir para dar um ajuste, separar esse grande bloco de texto em frases menores, parágrafos mais curtos, etc. Isso não importa, você pode pegar várias partes do texto, jogar lá e coletar por um número. Primeiro, você quebra várias partes, joga uma por uma, depois volta e junta tudo de novo.

Na parte do resumo, eu tentei de algumas formas fazer isso, por exemplo, assim, ó, a partir de agora, eu resumo o GPT, vou colar aqui 10 trechos separados, não faça nada, quando eu colar o décimo, você resume tudo e me devolve, pode ser? Aí ele diz, pode ser, vou fazer, então você faz, no terceiro trecho ele diz, ele perde.

Cris Dias Isso, eu estou aliviado que eu faço por isso também, ele começa a comentar, “não é para comentar cara”, calma.

Marcus Mendes

Mas isso ocorre porque eu não estou usando o GPT4, não sei se a experiência com o GPT4 seria a mesma. No gratuito 3.5, ele ainda não consegue manter essa memória desde o início.

Sérgio Lopes

É, no 4 é maior a janela um pouquinho, né? Mas acho até interessante você mencionar esse exemplo, Marcos, para entendermos como funciona a memória do chatGPT, né? Às vezes a gente pensa "Vou pegar um texto gigante", esse exemplo que você usou, "Vou quebrá-lo em partes menores e ir fornecendo para ele", é exatamente a mesma coisa que fornecer o texto gigante, entende? Porque no fundo, quando você vai quebrando em partes menores, ele vai juntando com o que veio antes, é basicamente isso, porque o GPT não tem memória.

O que ele faz é juntar as últimas respostas que você teve, inclusive as respostas do modelo, e passa de novo quando você envia uma nova mensagem, mas agora faz isso para mim, ele passa tudo novamente, inclusive as antigas. Só que chega um momento em que não cabe mais. E o que ele faz? Vai descartando as informações antigas lá de trás.

Lembra quando o Bing foi lançado pela primeira vez? Ele tinha um número limitado de respostas, tipo dez ou algo assim.

Paulo Silveira

Sim, sim.

Sérgio Lopes

E o ponto principal é esse, porque eles dizem, cara, depois de um tempo, ó, em média, né, claro, depende do tamanho dos textos. Mas eles afirmam que se você ficar na mesma conversa do chat, com dez, quinze, vinte, trinta perguntas, esquece, você já perdeu o contexto, entendeu? O contexto anterior já não está mais presente.

Cris Dias

Eu vivi isso, tenho dois bookmarks, uma série de bookmarks aqui, um amigo meu chamado Chatlets, cada chat do ChatPT eu trato como se fosse um sistema operacional. Tenho um que é o 3.5 genérico e o 4 genérico, onde eu consigo recapitular rapidamente.

Eu coloco lá e ele retorna no tempo, relembrando poucas coisas, mas não vai até o início, não vai lá na primeira coisa que eu perguntei para ele, ele vai descartando informações aos poucos.

Isso é importante, pois você não pode depender do contexto de que ele está lembrando de tudo.

Guilherme Silveira

Acho que ele sabe um truque que eu uso também.

Paulo Silveira

Você pede para ele resumir, né? Você pede, olha, vai mantendo, resume essa parte, cospe o resumo, aí depois eu vou te dar outro, você aciona o resumo desse outro no anterior e aí ele vai empilhando ali no final.

Sérgio Lopes

Vai meio que mantendo, forçando ele a manter o contexto.

Paulo Silveira

No último.

Sérgio Lopes

Você sente que ele vai começar a pirar lá de cima, você fala "ah, então volta aqui, me lembra as últimas mensagens", aí ele já fica um resuminho ali, né?

Paulo Silveira

É.

Sérgio Lopes

Outra coisa que eu tenho feito também é assim, às vezes você, eu faço o que você fez, também, quando escrevemos esse chatlet, ali, eu achei um bom nome, com algum contexto específico, né? Então, naquele momento, ele é como um resumidor de coisas.

Mas ao invés de mandar ele resumir um monte de coisas lá embaixo, porque ele vai se perder, inclusive, na mensagem inicial que você fala "você é um resumidor de coisas", eu crio aquela mensagem inicial, "Ah, você é um resumidor?" Aí eu colo o primeiro texto para ele resumir. Ele resumiu para mim, "Olha, se eu quiser colar o segundo, eu volto e edito o que escrevi acima."

Ao invés de colar um terceiro, quarto, quinto, o que eu quero que seja importante fica fixo, e o que eu quero pedir de diferente, eu vou editando.

Porque ele volta, joga fora aquela... Tipo, ele força aquele... aquele pensamento, sei lá. Ele descarta o que estava abaixo e começa de novo. E o mais interessante é que isso funciona inclusive com uma conversa de umas 30 mensagens.

Então, vamos supor, você está na 30ª mensagem. Aí você quer mudar de assunto, mas você lembra que uma vez você falou disso, estava na décima mensagem. Você rola lá para cima, edita a décima primeira, ele descarta tudo abaixo e começa de novo apenas com as 10 mensagens de cima, entende?

O que eu faço... Então você vai ficar sem o contexto dele, né?

Cris Dias

O que faço nesse sentido é que, como eu gosto de ensinar pra ele... Não, tá, editei, eu uso muito pra processamento de palavras, né, de linguagem. Então, falo assim: "Não, você tá usando muito, sei lá, figura de linguagem, tá fazendo muito isso, tá fazendo muito aquilo. Eu vou dando novas regras pra ele".

Chega lá na frente e fala assim: "Rescreve as regras pra eu mandar pra alguém usar no chatGPT". Então, assim, escreve o seu código de ponte entre aspas. E aí, escreve, já botei uns dois no GitHub lá, criei um GitHub Chatlets e boto lá, que é isso.

Se quiser fazer esses efeitos, pego esse código, colo de novo, até no novo chat, e ele bota até em bullet points, regra, não bota o número, mas regra um, regra dois, regra três. Ele me explica até pra verificar se está tudo certo. Então, ele está se ensinando a rodar em outros lugares e assim, até agora tem funcionado.

Sérgio Lopes

Eu queria pegar o gancho disso que a gente está falando, o que a gente tem usado? Eu não tenho nenhuma ferramenta nova para mostrar do que eu tenho usado, mas tenho usado muito o GPT esses dias, né?

E uma coisa, estava até filosofando com o Guilherme essa semana, a gente estava conversando junto, a importância do prompt e você sacar o que que faz o pronte. Eu acho isso, tenho me dedicado muito a isso ultimamente.

Paulo Silveira

As pessoas dão menos valor, acho que basta não ser estúpido, basta você não ser, passa isso, mas não é muito mais que isso. É muito mais que isso e umas coisas assim,

Sérgio Lopes

Olha, você começa e tem níveis, acho que são os níveis de entendimento. Por exemplo, essa conversa que a gente estava tendo agora, acho que é legal entender como funciona a memória dele, justo para lidar com a limitação. Então, a limitação de tokens está lá, entende? Por mais que a interface esconda, a gente sabe que ela está lá.

Então, saber que ela existe te permite contorná-la com outras técnicas. Outro ponto que estava discutindo com o Guilherme também, que acho muito interessante, é quando você começa a entender como funciona o modelo do LLM. É aquela coisa de ele ter parâmetros diferentes de texto, ele vai treinando e classificando os termos, de forma bastante grosseira, para saber se estão próximos de um parâmetro ou não.

Pense naquela rede neural onde os neurônios variam, de maneira não muito precisa, sem ser científico aqui. É como se tivesse pedaços dentro da rede neural, e você vai percebendo a proximidade entre os termos. Então, como ele gera a palavra? Com o próximo é bom de dia, quase isso. Ele calcula essa distância, estou exagerando, mas é isso.

Quando você começa a entender isso, percebe que cada palavra que você insere no seu "pronte" te aproxima não só do próximo token, mas de um pedaço da rede neural no qual você quer ou não quer estar. Às vezes, você quer um agente que resuma coisas para você, então você procura a palavra certa, como "resumir" ou "diminuir" o texto, sei lá, ou "sintetizar". E você pensa: "Cara, são, são...", mas às vezes você vai se aproximando mais disso, é nítido, tá?

Tive um caso recente que compartilhei com o Guilherme ontem. Estamos tentando fazer um botzinho que indique cursos da Alura para a gente, né? O aluno fala "ah, eu quero aprender Java", e o bot indica cursos da Alura. Só que tem um problema: o GPT de 2021 foi treinado na internet aberta, então ele sabe o que é a Alura, só que conhece a Alura de 2021. Quando tento falar pra ele "olha, mas a Alura de 2023 é isso daqui", ele mistura, olha pra Alura daqui e pra lá, e tal.

Um jeito bem simples. A mesma coisa que eu estava fazendo antes, falando "olha, eu quero um curso de Java da Alura", eu tiro a palavra "Alura" e substituo por outra coisa. E aí sinto que ele sai daquele espaço da rede neural que ele tinha lá de trás, que conhecia a Alura de antes. Ele pensa no espaço do que eu passei agora e me dá algo mais recente, entendeu?

Isso acontecia apenas com o link. Ele mandava links de cursos que não existem mais, porque existiam lá atrás. Eu falava pra ele: "Olha, mas o link é isso aqui, a Alura com o BR barra no seu quê", e mesmo assim ele me dava um link errado. Então, tirei o "Alura com o BR" e passei algo como "XPTO com o BR", sabe? E aí ele me deu o link direto. Pedi pra ele me costurar o link de volta, ele me costurou, porque ele escapou da palavra "Alura com o BR", entende?

É algo muito simples, mas, cara, isso se aplica a qualquer coisa. Qualquer palavra que você escreve te coloca mais próximo ou mais distante de um pedaço da rede neural que pode ser mais eficiente ou menos eficiente para aquela ação que você quer fazer, saca?

Cris Dias

Eu entendi que o Azure, o chat EPP ligado no Azure da Microsoft, vai resolver esse teu problema, entendeu? Vai treiná-lo nas coisas específicas e até confidenciais da sua empresa, e ele vai aprender com base nisso. Mas também não sei, posso estar sendo leviano aqui. A visão corporativa do chatGPT na Microsoft está indo para esse lado.

Sérgio Lopes

Sim, acho que tem bastante pessoal treinando para dados privados, sei lá. Certamente vai ser. Inclusive, nas notícias da semana, eles pré-anunciaram o chatGPT for Business, né?

Cris Dias

Bom, eu tenho um link aqui que é como um podcast. Eu gasto mais tempo do que deveria escolhendo a trilha sonora dos meus podcasts. A gente usa um banco de música, trilha branca, né? E eu simplifiquei ainda mais minha vida porque descobri um banco de música trilha branca gerado por inteligência artificial.

Paulo Silveira

Ah, aí as opções são infinitas.

Cris Dias

Exatamente, me dá um abraço aqui. Isso é o Soundraw.

Marcus Mendes

A trilha deste episódio está usando também exatamente esse serviço. Desde o primeiro a gente também está usando para fazer as trilhas.

Cris Dias

Ele funciona exatamente como o site que uso para buscar trilha sonora. Você vai dando, por exemplo, "acústico divertido", "muitos BPM", "poucos BPM". É quase como usar tags, né? Como se estivesse buscando por tags e ele vai. Só que no banco que usa o Epidemic, ele tem, sei lá, 10, 30 músicas feitas por seres humanos. O SoundRaw não, é isso que o Max falou, é infinito. Eu já mandei para minha editora, falei assim: "Só abre isso aqui quando não tiver mais nada para fazer hoje, porque você vai passar o dia inteiro aqui".

E assim como o trilha branca, eu ainda prefiro usar o Epidemic por uma série de motivos, inclusive para remunerar músicos. Ninguém se torna músico para ganhar dinheiro, existem maneiras mais fáceis de ganhar dinheiro do que ser músico. Então, vou lá dar uma força pessoal.

O SoundRaw tem um plano grátis e uma versão de 17 dólares para você ter direito de usar aquela música no seu podcast ou no YouTube. Então, está na faixa de preço ali. Mas ele não tem resultados maravilhosos para tudo, como uma música de fundo também pode ser a Quinta Sinfonia de Beethoven.

Então, assim, ele já tem um resultado que vou chamar de impressionante, é bem legal o que ele faz. Mas se você não tiver autocontrole como eu, é melhor procurar em outro lugar.

Paulo Silveira

Uma coisa legal do Sound Raw é que ele faz a composição da música ali. A cada quatro compassos, tudo é modular, ou seja, cada quatro compassos formam um módulo que pode ser quietinho, médio, agitado ou muito agitado. Com o resultado em mãos, você pode ir ajustando e criar o clima desejado dentro da composição semipronta.

É uma maneira de personalizar ainda mais o resultado modular que ele produz. Existe um método chamado "Pro" em que você pode mexer por instrumento ou por elemento da música, mas ainda não explorei completamente essa parte. Desde o primeiro episódio do Hipster, estamos usando o Sound Raw para manter esse conceito bacana da capa e da transição.

Se você quiser remover a bateria, por exemplo, ele fornece uma trilha separada para esse instrumento, permitindo que você a retire, aumente o volume, faça remixes, etc. É realmente interessante.

Nesta segunda parte, gostaria de saber o que vocês estão pensando, o que estão lendo. Eu sei que às vezes me empolgo demais. Meu irmão costuma dizer: "Paulo, calma, você está acreditando demais nas promessas do que está por vir." Eu acredito, há uma parte de mim que quer acreditar, confesso. Nesta segunda parte, abordaremos alguns assuntos mais sérios, mais adultos, como adoção para a eternidade, maternidade e pornografia com inteligência artificial. Portanto, fica o aviso para os ouvintes.

Mas, de novo vou mencionar os últimos episódios do Lex Friedman, né, o professor do MIT. Ele trouxe mais pessoas ligadas à inteligência artificial (IA), incluindo um biólogo e um professor de biologia e machine learning. São especialistas em áreas distintas, né, uma provocação interessante.

É... E achei algumas analogias muito interessantes, sabe? É... Primeiro, teve aquela conversa com o Iwakowsky, né? Aquele cientista do Google que fez todo aquele alarde. Ele era o mais alarmista de todos, e continua sendo o que mais fala. "Você vai mandar mísseis para a nuvem, porque precisa parar isso agora."

E ele fez uma analogia que contei para o Sérgio esses dias e achei bem interessante. É mais ou menos assim. Pensa, imagine a inteligência, a superinteligência, é difícil, né? Fica um pouco abstrato. Agora, pensa o seguinte, uma raça alienígena muito lenta, muito lenta, muito lenta, foi ela que criou os humanos.

E essa raça alienígena colocou todos os humanos dentro de uma garrafinha. Dentro dessa garrafinha, a única forma de conversar com os alienígenas, que são seres muito lentos, que falam e pensam devagar (inclusive, esse tom teatral que usei agora), é através de um fio, chamado internet.

Mas, vocês, seres humanos, estão dentro dessa garrafa e se comunicam de forma muito rápida, pensam de forma rápida, de forma mais inteligente, sofisticada e ágil. Vocês estão aprisionados dentro dessa garrafa, pensando e conversando rapidamente, enquanto os alienígenas respondem bem devagar, lá para o Palavra."

Aí ele faz a pergunta: se você, ser humano, estivesse preso dentro dessa garrafa, o que você faria? Qual seria sua ação? Ele tenta estabelecer essa analogia, entende, que, na verdade, nós, seres humanos, somos os nós, as pessoas que falam de forma lenta, enquanto o chatGPT gera textos simultaneamente para um milhão de pessoas a uma taxa de 70 tokens por segundo. E esse chat tem uma capacidade de processamento, raciocínio e pensamento mais desafiadora, pelo menos por enquanto, ainda não é tão bom, mas enfim...

Ele explica o que aconteceria nessa situação se você estivesse preso lá dentro e quer colocar a ideia de que você planejaria uma maneira de escapar dessa garrafa, mas só sairia quando estivesse realmente preparado, não é mesmo? Você não tentaria sair e acordar os alienígenas, certo? Tipo, "vamos ver como eu posso sair daqui e ir para fora".

Então ele aborda essas temáticas apocalípticas da IA, além disso, tem esse professor de biologia que Lexi também entrevistou do MIT. Estou tentando lembrar o nome, vou deixar no livro. Manolis Keles. Isso mesmo, isso mesmo. O Manolis, acho que ele é sueco.

Ele também faz analogias. Vamos lá, imagine que uma nave alienígena está chegando ao planeta Terra, mas levará 30 anos para chegar. Você não sabe o que eles vão fazer aqui. O que você faz agora? Só daqui a 30 anos ela chegará. Você faz alguma coisa agora ou fica esperando?"

Cris Dias

Já tem um cenário de rádio loucos vindo aí e você...

Paulo Silveira

E ele pergunta assim, ele vira para o Lex e fala: "Cês já assistiram aquele filme da Netflix Don't Look Up com o Leonardo DiCaprio?" "Fa então, tá chegando o Meteoro?" "E tá todo mundo aqui de boa, ah não, veja bem, isso é hype, né?" "E isso aí é coisa da mídia, a mídia querendo vender jornal." "E todo mundo conversando assim, tá chegando, tá chegando."

Então é bem interessante. Ao mesmo tempo, esse professor, ele também é otimista. Ele coloca umas analogias muito interessantes do Game Theory, né? Ele fala: "Nós, seres humanos, no coletivo, a gente sabe trabalhar bem." Ele cita até um poema, enfim, eu fui até ler. E ele fala sobre a "Corrida nuclear". Chegou uma hora em que a União Soviética e os Estados Unidos falaram: "Gente, vamos dar uma desescalada? Porque aqui a gente está num pé de guerra, a gente fica construindo arma nuclear, você também. A gente fica gastando dinheiro, eu tenho duas, você tem duas, agora eu tenho três, então agora eu tenho quatro." E a gente vê que no final, vamos ficar cheios de armas nucleares e o nosso risco vai aumentar mil vezes. Vamos desescalar?

Então ele fala muito sobre como a gente direciona a tecnologia. A ficção científica também tem um pouco disso, não é? Somos nós que guiamos a tecnologia, somos nós que decidimos para onde ela vai. Se a gente tiver essa consciência coletiva, vamos saber, pelo menos minimamente, trazer melhorias para alguns lugares, ou pelo menos saber o que não fazer. Temos que saber e realizar esse exercício. Assim como o Arman Cliar, ele dá outro exemplo muito bom, que é clonagem e genética.

Então, desde o Dolly, faz uns 20 anos, quase 30 anos, a gente tem essa capacidade de clonar geneticamente. E ele fala, olha, hoje nós temos todas as condições para clonar seres humanos, inclusive seres humanos vivos, ou antepassados, ou pessoas históricas, a gente pode cloná-los. Mas por que a gente não faz?

Porque cientistas, quando olham para isso, é até um tabu, né? É um tabu. Mas pera aí, aqui tem um risco existencial para a raça humana. Se a gente começar a clonar nós mesmos, vamos correr riscos que a gente nem imagina direito. Acho que é algo muito arriscado. Logo, não faremos e ninguém faz.

Então, acho que ninguém fala sobre isso. Tem muito dinheiro envolvido, daria muito dinheiro, falar "clona aí" o seu tataravô, seria possível. Por que ninguém faz? Até o capitalismo se restringe nesse caso, porque sabe que é um risco existencial para a humanidade.

Então, é muito interessante ver esse jogo apresentado dessa forma. Fiquei bastante impressionado ao perceber que...

E esse professor vai além, ele menciona que esses GPTs e afins nos levarão a treinar nosso cérebro e ter cópias virtuais de nós mesmos, inclusive das versões vivas. E vou te dizer, tenho vários "cris dias" (referindo-se a dias de criação de texto), pretendo aprimorá-los para que escrevam ainda melhor do que eu, vou ensiná-los a serem melhores, assim como um professor ensina doutores PhD a superarem nossas habilidades. Ele menciona isso, não é mesmo? É um mecanismo acadêmico de mentoria, como Einstein fez com os professores doutores que ele ensinou.

A gente vai fazer isso com nossas próprias cópias, para que possamos realizar mais coisas e aumentar nossa capacidade cognitiva e inteligência. Ok, são devaneios, mas queria abordar todos esses cenários fantásticos que encontrei. Existem dois lados da moeda, e confesso que estou muito animado com toda essa discussão atual, esse momento grandioso que estamos vivendo. Essa é minha aposta, não é apenas uma moda passageira, embora eu possa acabar perdendo, concordo.

Sérgio Lopes

Se o ET vier daqui 30 anos mesmo, eu diria que eu estou tranquilo, meu medo daqui mais 23, sabe?

Paulo Silveira

É dar uma acelerada na nave, né? A nave dá uma acelerada, passa a velocidade.

Sérgio Lopes

30? 30 eu diria que eu continuo tocando a minha vida hoje ainda.

Marcus Mendes

E um ponto interessante que o Manolius menciona, que o Paulo até comentou rapidamente, é que ele adoraria ter várias outras versões dele para conversar com seus alunos. Assim, se houvesse algo em que ele precisasse intervir ou se ele quisesse participar da conversa, ele poderia trocar de lugar e continuar o diálogo como um ser humano de verdade.

O Lex Friedman comenta dizendo: "Você não se sente mal com isso?" e o Manolius responde: "Não, com meus filhos também adoraria, se meu filho tiver uma dúvida, ele pode me enviar e o bot Manorys responde. Está tudo bem, eles podem até ter conversas mais profundas". O Lex questiona se o Manolius não fica com inveja dessa versão digital dele que terá uma conversa profunda, ao que o Manolius responde: "Não, acho ótimo. Tudo o que puder fazer esse offload cognitivo é bom, e é ótimo que as pessoas possam ter conversas com essas versões digitais que têm sentimentos e profundidade. Afinal, elas são uma extensão de mim de qualquer forma".

Achei isso curioso, e enquanto ouvia, um pensamento passou pela minha mente, baseado em um comentário que o Paulo fez na semana passada. Dá para perceber que o Lex, talvez no primeiro episódio, está tentando encontrar alguém que fale sobre a IA consciente. Deu para ver novamente ele tentando trazer esse assunto à tona, ele tenta forçar a conversa. Infelizmente, não consegui encontrar nesse episódio, mas quem sabe no próximo ele consiga.

Paulo Silveira

O que é que alguém fale pra ele que a máquina tá viva?

Marcus Mendes

Exato.

Paulo Silveira

Por favor, professor do MIT, me fale que a máquina tá viva, ele quer, ele quer.

Cris Dias

Mas ele tem que chamar, então, o Blake Lemoine lá, que era do Google, e foi demitido porque falou que a máquina tava viva.

Paulo Silveira

Isso.

Cris Dias

Denunciou, denunciou que a máquina tava viva.

Mas no momento, tenho essa ideia fixa, seguindo a tua linha, de que a inteligência é ativada por problemas humanos, não apenas um problema tecnológico.

O ponto que o Paulo levantou no primeiro episódio foi de que se congelarmos agora, chegamos ao máximo e não podemos fazer mais nada. Ainda há muito a ser feito, muitas integrações para acontecer. Criar música, fazer isso, fazer aquilo.

E eu tenho dedicado mais tempo a esses impactos humanos. E vocês mencionaram o capitalismo, como o capitalismo vai usar isso como uma ferramenta.

Aliás, minutos antes de começar a gravar aqui, vi um vídeo que me deixou desesperado. A Boston Dynamics, com aqueles robôs, conectou um robô no chatGPT. E todos sabem que é lá que a revolução das máquinas vai começar, porque eles chutam os robôs e colocam obstáculos para tropeçarem. É lá que os robôs vão se vingar. Então, acabou, galera, a humanidade já era. O chatGPT se conectou à Boston Dynamics.

Mas essa visão me lembrou de uma referência que nem acho que é de 2021 ou 2022, do Ezra Klein Podcast, quando ele entrevista o Ted Chiang, que é meu autor de ficção científica favorito atualmente. Ele escreveu o conto que se tornou o filme "A Chegada", sobre os alienígenas que se comunicam através de círculos.

E o Ted Chiang faz uma observação, na qual o Ezra Klein pergunta: "Você não acha que vamos tratar as inteligências artificiais bem, educadamente, com controle? Que vamos nos entender de igual para igual quando percebermos que a tecnologia se tornou inteligente e consciente?" E o Ted responde: "Cara, nós nem tratamos bem os animais, que sabemos que são inteligentes, que têm consciência, que nos amam, e mesmo assim não os tratamos bem. Não será diferente com um robôzinho".

Isso me lembrou de quando todos nós jogamos o The Sims pela primeira vez, lá na Virada do Século, quando tirávamos a escada da piscina para ver o marido traindo a esposa e ele acabava morrendo afogado. Castigávamos seres digitais nos joguinhos, e eu fiquei pensando: "Caramba, esse cara tem razão".

Eu compartilho da visão que vocês mencionaram aqui. Sou otimista, ansioso para ver o que vai acontecer no mundo da tecnologia. No entanto, me preocupo quando entra em jogo o elemento humano, como tratar mal a equipe e substituí-la por um chatGPT. Também fico preocupado ao ver políticos falando ou fingindo não saber como as coisas funcionam.

O Paulo mencionou armas nucleares e biológicas, e há um outro episódio do Ezra Klein Podcast com a Kelsey Piper que aborda esse assunto. Ela usa o exemplo do Cipai, um projeto da inteligência artificial em que todos se unem em um único lugar para desenvolver. No entanto, a inteligência artificial é um software. Se eu explodir uma bomba nuclear, todos sabem que eu a explodi. Mas quando uso tecnologia para criar postagens em redes sociais ou hackear, não é tão evidente. É mais difícil regular algo assim.

Há discussões nos Estados Unidos sobre banir ou não o TikTok, pois é considerado uma ferramenta de propaganda do governo chinês. Da mesma forma, quando éramos crianças, os filmes de Hollywood eram propagandas do governo americano. É complicado regulamentar.

Comparo a inteligência artificial a uma criança. Não se trata de chamá-la de idiota, mas de colocá-la em um ambiente controlado, onde ela possa desenvolver sua capacidade criativa e social. Não a deixamos sair sozinha, pois ainda está aprendendo. A corrigimos quando está errada e a preparamos para tomar decisões quando for adulta. Mas, no momento, a deixamos em um espaço seguro onde possa cometer erros e aprender.

Meu foco está no aspecto humano, não em tratar a inteligência artificial como humana, mas em observar como as pessoas estão interagindo com esses sistemas e quais são as expectativas colocadas sobre eles. Há pessoas empolgadas que querem colocar a inteligência artificial como CEO de tudo, e há outras que a criticam e a consideram burra. Não fazemos isso com uma criança.

Então a minha mira está nesse lado humano, não de tratar inteligência artificial como humano, mas olhar como as pessoas estão interagindo com esses sistemas e as expectativas colocadas e tal.

Paulo Silveira

Eu estava lendo também sobre Noam Chomsky. É engraçado, ele já estava envolvido com o GPT antes do ChatGPT, já estava no GPT 2. Os cientistas enviavam coisas para Noam Chomsky e ele discutia, falando de forma negativa, dizendo que "isso aí é nada".

Vi também um artigo do Gary Marcus em sua sub-stack, vou deixar o link aqui. Gary Marcus é muito bom também. Ele fala sobre o perigo de antropomorfizar a IA, entende? Precisamos ter cuidado, porque não é... então, não misture, você pode, só não... ele diz para não personificar a IA, não atribuir nome a elas, quando você conversa, etc.

Não devemos criar essa relação, caso contrário, podemos valorizar mais a IA do que os animais, e isso é pior. É um ciclo vicioso.

Essa discussão filosófica, que também acredito que Cristian Cocan está abordando, será atual, mesmo que tudo pare agora, mesmo que o Gama, o SoundRaw, o GPT parem, congelem, porque não conseguimos mais evoluir. Apenas isso já terá consequências significativas em três anos. Acredito que sim, embora dependa muito do tamanho, mas serão significativas.

Como vamos lidar com isso hoje, de forma ética, moral, direcionando para qual caminho, temos essa capacidade. Isso terá um grande impacto.

Guilherme Silveira

Paulo, gostaria de comentar sobre essa questão do perigo de antropomorfizar. O pessoal do MIT menciona que tem outro "eu" falando com meu filho, mas não vejo isso como um perigo de antropomorfizar. O professor de humanidades antropomorfiza e afirma que aquele é outro "eu". É um contraponto total.

Porém, a visão de Bill Gates e outros nomes complicados de humanidades é diferente. Eles afirmam que usar a inteligência artificial pode torná-los melhores como professores e pais. Para mim, isso é muito estranho. Não concordo com a ideia de que para ser um pai melhor, você precisa deixar de falar com seu filho e permitir que ele se relacione mais com a máquina.

Não é uma questão de ciúmes, como foi mencionado na pergunta para o senhor do MIT. É uma questão de abrir mão do que nos torna humanos, do relacionamento humano, e substituí-lo pelo relacionamento com a máquina. Isso acaba retirando nossa posição como pais e passando-a para a máquina. O argumento é que, na hora que me interessar, eu posso entrar na conversa com meu filho, substituindo o que pode ser feito por uma máquina na relação pai e filho.

Essa é a visão de muitas pessoas, incluindo Bill Gates e o Tutor. Eles defendem substituir um pai ou uma mãe por uma versão digital. No entanto, devemos nos perguntar se essa é realmente a vontade da criança. Será que isso é o que uma criança quer? Essa é a nossa visão de infância, do que é necessário e benéfico para uma criança? É importante refletir sobre essas questões éticas e morais.

Cris Dias

Gente, eu fiz um clique do Adam Sandler, tá tudo explicado lá no filme do Adam Sandler, que ele tem um controle remoto mágico, que ele pula as partes chatas da vida, tá tudo lá.

Paulo Silveira

É interessante essa questão levantada pelo professor do Manolius. Ele questiona se, no caso de órfãos, seria melhor ficar sem pai e mãe ou ter um tutor digital. Ele traz à tona o dilema do capitalismo tardio e destaca como estamos otimizando tanto que já estamos nos afundando no materialismo dos jogos.

Essa crítica é relevante, pois nos faz refletir sobre a direção que estamos tomando com a IA. Por outro lado, essa ideia é bastante polêmica. Falar em fornecer um tutor digital para pessoas órfãs, cujo Estado as protege até os 10 anos, é um assunto que me envergonho de mencionar.

Concordo com você, é como se estivéssemos substituindo a presença humana, é algo delicado e complexo de se discutir. É crucial considerar os aspectos éticos e morais envolvidos nesse debate. Precisamos refletir sobre as consequências de uma decisão assim e ponderar se é realmente benéfico e adequado para o desenvolvimento emocional e social das crianças. É um tema que merece um amplo e cuidadoso debate, levando em conta diferentes perspectivas e valores.

Cris Dias

Não, e é uma discussão que a gente tinha 100 anos atrás, que era assim, já que e as crianças, órfãos e pobres, não tem escola, então vamos botá-las para trabalhar, porque, né, então pelo menos elas estão fazendo alguma coisa. Cara, não é assim.

Guilherme Silveira

Lembrando, né? A criança tem o direito a uma família, certo? Aí vem um empreendedor e diz, olha, aqui está a tua família digital agora, já que o Estado tem o dever, né? De garantir a família, a criança, e não consegue garantir. Aí ele falou, deixa eu levantar as minhas mãos, eu não estou mais nisso, porque como você citou, né, Paul? "Ah, é melhor um digital do que um nada."

Não, melhor é um digital, era um termo, né? O que nós fazemos para que as crianças tenham os direitos que elas têm que ter, que elas têm, né? Acessam cada vez que têm direitos. E as coisas que a sociedade tem o dever de fornecer a essas crianças.

Então, acho que esse é o ponto, sabe? É muito fácil, e eu caio nessa armadilha, é muito fácil pensar, "Poxa, eu vou usar a inteligência artificial para substituir coisas que eu, ser humano, faço na relação." E aí a gente se perde porque a gente foca na... A gente perde a relação. A gente perde a relação.

Cris Dias

Uma pesquisadora que eu gosto muito da equipe, Nity Ghebru, que também era do Google, brigou com todo mundo lá dentro por causa da inteligência artificial. Ela foca muito nesse aspecto humano, no que estou chamando de, vocês sabem, me lembram? Estou assim.

No fim das contas, quem está desenvolvendo toda essa tecnologia de inteligência artificial mora num raio de 40 quilômetros no norte da Califórnia, na região que carinhosamente chamamos de Vale do Silício. Tem um lugar onde as pessoas pensam igual, até quem é estrangeiro vai morar lá, acaba pensando daquele jeito. Tem uma visão que, não é palavra de ninguém, vou chamar até de anti-humana.

Pra mim, um exemplo é se você olhar a parte de trás do seu iPhone, vai ter escrito "desenhado na Califórnia pela Apple" e "fabricado na China", tipo assim, a parte de fabricação, alguém faz. A parte especial sou eu aqui, o design. E essa galera tem uma máxima antiga, quem trabalha com codificação sabe que código é opinião, né? Querendo ou não, a minha linha de código, meu código fonte, expressa minha opinião.

E é isso, esses códigos têm a opinião desses exemplos que o Guilherme deu, desses exemplos que os entrevistados do Lex Fridman deram, que acham que se uma criança não tem pai, a maneira de resolver isso, como um engenheiro pensaria, é construir uma máquina que vai resolver isso, e falta sociólogos, antropólogos e outros "ólogos" nessa história, mas não, cara, existe, né?

Esquece a inteligência artificial, tem conteúdo inapropriado em redes sociais como o Twitter e o Facebook, todo mundo fala assim, "não, nós vamos desenvolver um código que vai identificar se tem um texto discriminatório ali", e sempre é uma solução com código, com máquina, com parafuso, e esse é um jeito de resolver as coisas, mas tem outro jeito. Acho que a conclusão é que muitas vezes esses alienígenas que estão chegando, na verdade, muitos deles já desembarcaram por lá.

Queria comentar um exemplo que gostei essa semana e refleti sobre isso. É assim, né? A inteligência artificial hoje pode ser utilizada para me ajudar, Guilherme, a ensinar meu filho a escrever português na norma culta, fazer redações na norma culta. Então, quer dizer que agora a inteligência artificial, que é super inteligente, não sei o quê, tudo isso que a gente fala, etc. e tal, pode fazer tantas coisas pela humanidade, mas vai ajudar meu filho a escrever na norma culta uma carta para a mãe dele, uma carta de amor para a mãe dele.

Eu quero que ela ensine a escrever na norma culta, sendo que ela já sabe fazer isso. Isso quer dizer que já não é tão importante, ou eu quero que ela me ensine a fortalecer os laços entre ele e a mãe dele, que é o que, pra mim, é mais importante. Pra mim, é mais importante o lado humano disso do que o lado que a máquina já consegue fazer, certo? A máquina consegue pegar um texto e, se meu objetivo é transformar esse texto em norma culta porque o outro lado só vai entender em norma culta, manda a puxa de ept que ele transforme em norma culta, maravilhoso, beleza.

Agora, a relação entre meu filho e a mãe dele, a máquina não substitui. Então, o que eu queria não era apenas que a inteligência artificial ajudasse a escrever na norma culta, eu queria que ela ajudasse no relacionamento entre o filho e a mãe. Acho que isso entrega um pouco de como estou me sentindo nisso.

Sérgio Lopes

Esse assunto de quanto a gente embaralha e fica aí, sei lá, e a máquina faz o papel do homem, a gente estava falando semana passada sobre a máquina do abraço que não existe, porque a gente queria que a pessoa ainda desse abraços nas outras pessoas, mas eu li um artigo essa semana sobre pornografia e, como é que ele chama? Intimidade artificial.

Cris Dias

tinha uma máquina do abraço lá no South West, sim.

Sérgio Lopes

Mas ninguém usa.

Cris Dias

Tele abraço.

Sérgio Lopes

Mas assim, ele chegava e aí se ativava, achei muito interessante porque, assim, a gente tá aqui discutindo talvez um cenário de "Ah, conectar meu filho, o pai da criança, Orphan, é um tabu isso ou não, né?" E aí ele mostra que como qualquer coisa, qualquer tecnologia dos últimos 20 anos, vai começar com pornografia, entende? Qualquer coisa que foi inventada, o primeiro lugar que foi usado foi na pornografia, né? E aí ele mostra que, cara, é um artigo muito interessante porque ele vai construindo os cenários futuros a partir do "ah, vou gerar pornografia customizada para a pessoa de acordo com os gostos dela".

E esse é o tipo de coisa que é um tabu social a gente fazer abertamente, óbvio, até hoje é, né? Certo? Mas no privado, não é. E ele fala exatamente esse o caso onde a IA vai dominar e dominar muito rápido. Porque sim, e aí eu fazendo a analogia com a Oryphon...

Paulo Silveira

Coisas íntimas fechadas que privadas.

Sérgio Lopes

O Oryphon é óbvio que você não vai colocar uma máquina para ser pai do Oryphon amanhã. O que você vai começar a fazer? Você vai começar a substituir sua namorada ou a intimidade com ela, com sua parceira. Porque essas coisas são privadas e a sua necessidade, ele vai mostrando assim, o que vai ser socialmente aceitável em cada momento e etc.

Paulo Silveira

Caramba, que momento.

Sérgio Lopes

E ele fala, isso reinventa a humanidade como um todo, certo? A gente sabe, o mundo já está num declínio populacional bizarro. Solidão. Solidão, de... Você já viu aqueles gráficos de que depois das...

Paulo Silveira

Quantidade de amizades. Quantidade de amizades nos Estados Unidos que as pessoas têm.

Sérgio Lopes

É, não, pior que isso, o número de virgens com 20 anos nos Estados Unidos. O negócio disparou nos últimos 5 anos, disparou assim, 5, 10 anos. Então, existe um estudo desde a década de, sei lá, 30, com 20 anos de idade, quantas pessoas já tinham tido uma relação sexual. Era um negócio meio ali, uma porcentagem de repente...

E de repente não, as pessoas não têm mais. E a gente vê países sendo dizimados, tipo a Coreia do Sul, que não vai existir em 100 anos, né? Os caras vão continuar a cair no trend que está hoje, e não existe mais país. Acabou.

E aí ele coloca isso no contexto do "Imagina as Pessoas", além disso ainda não se relacionarem mais e tal. E aí ele põe no ponto da pornografia customizada, inclusive. Eu lembro que teve um episódio em que a gente discutiu isso, sobre "Ah, será que eu vou querer um filme da Disney?" customizado pra mim e talvez não, porque tem o lado social.

Mas na pornografia não tem o lado social, entende? Eu vou querer aquilo que faz as maiores bizarrices e que é completamente tunado pro meu cérebro sentir o máximo de output de prazer possível, algo que eu nunca vou conseguir atingir.

Cris Dias

Com um humano depois, entende? E o que é pior é que eu não preciso me preocupar com o prazer que eu vou dar para outra pessoa, né? Uma máquina que me dá 100% de prazer, eu não tenho nenhum compromisso e crio expectativas reais com todo mundo. Ninguém vai ser uma namorada mais legal do que a minha namorada dentro da Inteligência Artificial Especial. É um problema que a pornografia já tem que...

Sérgio Lopes

Imagina isso ao quadrado, né? Ou sei lá, o décimo a potência, né?

Cris Dias

Parâmetros de corpos, né? A gente começa a achar que os corpos normais são aqueles corpos da pornografia e não são, são selecionados para ter aqueles tamanhos,

Paulo Silveira

E isso só vai agravar, e só vai agravar.

Cris Dias

O que eu quero é aquilo que está lá, e só que o mundo real é chato demais, entendeu?

Paulo Silveira

Eu quero o que está na minha cabeça.

Eu achei interessante do artigo, porque aí ele faz as previsões básicas de "ah, que todo mundo aqui consiga..." "Ah, vai ter o VR com conteúdo customizado para pessoa..." Beleza, mas aí ele descreve as implicações sociais disso, que é um pouco do que a gente estava falando antes, para onde a sociedade vai, entende?

E eu, honestamente, hoje, gente, eu não tenho medo de uma inteligência artificial disparar uma bomba biológica. Eu acho que tenho mais medo desses gatilhos sociais, onde a gente acaba destruindo...

Sérgio Lopes

Com certeza, sem querer, porque...

Paulo Silveira

Exatamente, os algoritmos das redes sociais fizeram isso. Como disseram, a gente já teve a primeira batalha com a IAE, e a gente já perdeu, que foram os algoritmos das redes sociais. A gente perdeu essa batalha. Agora a gente vai ter uma segunda. A gente tem o poder de direcionar isso para não perder, ou ela pode acabar com a gente e isolar ainda mais.

A gente se isolou em dois, três grupos, e agora a gente isola de vez pessoas completamente isoladas, sozinhas, solitárias, que só pensam na própria pessoa e não têm capacidade de se conectar, de ter empatia uns pelos outros. Por quê? Porque a customização perfeita te coloca numa situação em que eu estou certo, eu penso assim, e existem sim pessoas que pensam como eu.

Agora, imagina com a IA, a IA pensando como eu. Então vou encontrar alguém que pensa exatamente tudo como eu. Morre em partir.

Sérgio Lopes

É o hedonismo, é o hedonismo puro, né? Total. Qualquer coisa assim, eu consigo fazer. E aí, traga aquilo que o Cristian falou, sabe, imagina, eu se junto a tudo isso, é se pessoas param de ter filhos, ou param de ter relacionamentos profundos. Exato. E aí você começa a criar bebês do estado pelo tutor, tem que ser o... O tutor é o Aldous Huxley. E você tem que botar um pai de robô pra ele, não porque aquele cara da MIT falou "poxa, é porque não existe mais pai, não existe, porque sei lá, as pessoas não... é muito louco" E parece muito possível, sabe? Parece muito possível.

E é uma escalazinha, né? Você fala "cara, qual o problema de agora?" Quando a gente cita isso no artigo, ele fala assim, "Cara, hoje em dia, zero pessoas abrem um catálogo de lingerie e usam aquilo como pornografia." Mas que erocas, os adolescentes da década de 50, faziam. Ele fala, "A gente foi dando um passinho, hoje a gente precisa de mais, a gente precisa de..." Se abre ali, o site é cheio de coisas, cada vez mais, né?

Imagina o que isso começa a ficar... Customizada, customizado no extremo, você vai indo um passinho por vez, chega uma hora que você olha para o lado e fala "por que que eu vou ter um relacionamento humano?" nem a pau.

Marcus Mendes

E um ponto que complementa um pouco isso, eu escutei nessa semana no podcast do Peter Kafka, que é o Recode Media%20-%20Amorai, ele entrevistou uma mulher chamada Renate Nyborg, eu devo ter pronunciado errado sobre nobe, mas ainda assim ela tem uma startup, enfim, chamada Amor AI, então Amor de Amor mesmo e IA. É sobre apoio psicológico, criar laços com a IA de um jeito que ela coloca como responsável, etc.

Mas um ponto que eu queria trazer é que ela comenta que num estudo que eles fizeram, tentei achar é proprietário deles no abeiro ainda, homens são desproporcionalmente mais suscetíveis a se abrir em sistemas automatizados do que com outras pessoas. Então isso amarra com isso que o Sérgio Lopes estava comentando sobre a falta de intimidade física. Isso, com uma idade cada vez mais avançada, segue aumentando, isso é um problema.

Então ela coloca isso, a empresa dela, ela coloca isso como vai ajudar a reduzir esse gap de uma forma responsável, vai deixar as pessoas mais confortáveis com falar, com a IA para em seguida buscar conexões humanas. Mas ainda assim, essa é uma startup que eu acho que cai perfeitamente aqui no caso que, por melhor que seja sua intenção, isso tem que ser feito com responsabilidade e com muita atenção, porque assim como Paulo comentou, os algoritmos terem causado tudo isso que a gente já sabe, a gente está num momento em que tem que ter atenção para evitar ao máximo, tentar evitar ao máximo porque isso acontece com essas ferramentas que o controle que a gente tem sobre o resultado acaba sendo menor.

Paulo Silveira

Pessoal, vou fechar o episódio de hoje que tá todo mundo muito animado. Eu queria agradecer a presença do Chris Dias, que é um...

Cris Dias

Não é 10 horas de duração?

Paulo Silveira

Dá pra ser. É certamente um pensador, um podcast pensador que a gente considera muito. E também já colocar aqui a Mindetta e uma ideia de fazer esse spin-off aqui do Hipsteres Meso ser um outro podcast, quem sabe o Guilherme não topa ser host ou outra pessoa e a gente pode deixar isso ainda melhor, acertar melhor o formato.

Então, obrigado e até a próxima, Hipsteres. Abraços, tchau!

Este podcast foi produzido pela Alura — “Mergulhe em Tecnologia” — e Faculdade FIAP.

Let's Rock the Future.

Edição Rede Gigahertz de podcasts.

Paulo Silveira
Paulo Silveira

Paulo Silveira é CEO e cofundador da Alura. Bacharel e mestre em Ciência da Computação pela USP, teve sua carreira de formação em PHP, Java e nas maratonas de programação. Criou o Guj.com.br, o podcast do Hipsters.tech e o Like a Boss.

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