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Recursos dinâmicos do Objective-C

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Diego Chohfi
Diego Chohfi

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É bem simples invocar um método a partir de uma NSString, pelo performSelector:

 Contato \*contato = ```\[Contato alloc
 init\]; ```contato performSelector:NSSelectorFromString(@"nomeDoMetodo")
; 

Quando não utilizamos o ARC, podemos ir bem mais além. Para isso, vamos conhecer um pouco mais do metamodelo de classes do runtime do Objective-C.

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Para entender melhor as funcionalidades dinâmicas da linguagem, precisamos entender como é feita a busca de métodos quando os chamamos. A busca dos métodos de instância de um objeto é feita na sua classe. A partir do método + (BOOL)instancesRespondToSelector:(SEL)aSelector; podemos saber se a instância de um objeto responde ou não ao método passado.

Na definição de [NSObject](https://developer.apple.com/library/mac/#documentation/Cocoa/Reference/Foundation/Protocols/NSObject_Protocol/Reference/NSObject.html) encontramos apenas um atributo privado, a sua própria classe:

 @interface NSObject <NSObject> { Class isa; } 

Algo que lembra um pouco o getClass do java. Quando um método é invocado em um objeto (nos termos mais puros, quando uma mensagem é enviada a um objeto), o Objective-C precisa buscar a implementação. Para isso, ele será procurado nesse atributo privado isa, que é o objeto que representa a classe que foi usada para gerar essa instância. Caso não encontre, essa busca é delegada a classe mãe, através do método - (Class)superclass da NSObject.

Outro fato importante é que a checagem pela existência de um método invocado em um objeto não é feita em tempo de compilação (lembrando: no caso de não estarmos usando o ARC). Essa é a característica dinâmica da linguagem, isso permite que métodos que não existiam em tempo de compilação sejam adicionados durante a execução. Por isso, a linguagem não faz a checagem em tempo de compilação para garantir que determinado método exista. Há algumas funcionalidades que permitem verificar se um objeto realmente responde para determinados métodos:

 - (BOOL)isKindOfClass:(Class)aClass; - (BOOL)isMemberOfClass:(Class)aClass; - (BOOL)conformsToProtocol:(Protocol \*)aProtocol; - (BOOL)respondsToSelector:(SEL)aSelector; 

E se um método que foi chamado em um objeto realmente não existir? A linguagem possui diversos callbacks para nos ajudar a tratar esse método não declarado. Podendo dar característica ao nosso objeto que até o momento ele não possui.

Poderíamos adicionar um método em nossa classe de forma dinâmica. Para isso, a linguagem disponibiliza diversas funcionalidades dinâmicas que são executadas apenas durante a execução do código. No header runtime.h temos:

 class\_addMethod(Class cls, SEL name, IMP imp, const char \*types); 

Primeiramente, um método é chamado na classe para validar se o método realmente foi declarado:

 + (BOOL)resolveInstanceMethod:(SEL)sel; 

Ao responder YES, dizemos que as instâncias daquela classe realmente implementam o método passado. Mas, se o método não for encontrado, um erro será lançado. Porém, ao responder NO, o método não será chamado e continuará a execução chamando alguns outros callbacks no objeto, para dar a chance de tratar aquela chamada específica.

Temos a capacidade de delegar a execução de um objeto para outro; um atributo, por exemplo. Chamamos isso de message forwarding. Podemos fazer reescrevendo o método - (id)forwardingTargetForSelector:(SEL)aSelector.

Se retornarmos qualquer coisa diferente de NIL, o seletor passado como argumento será executado no objeto retornado. Com isso, não precisamos fazer nosso objeto ser filho de NSString para ganhar os comportamentos dele, poderíamos apenas delegar as chamadas dos métodos definidos em NSString para um atributo. Evitando o abuso de herança e valorizando a composição, porém de uma forma transparente.

Para realmente receber a chamada do método que não existe e tratá-lo de uma forma mais elegante, precisamos sobrescrever dois métodos definidos em NSObject:

 - (NSMethodSignature \*)methodSignatureForSelector:(SEL)aSelector; 

Um NSMethodSignature é uma forma de auxiliar o runtime para buscar a assinatura do método. É feito, então, um enconde do método com os argumentos e o retorno. Para mais informações: Veja a documentação da Apple

Após responder um NSMethodSignature, um outro método será chamado recebendo como parametro um objeto que contém todas as informações do método que aparentemente não existe.

 - (void)forwardInvocation:(NSInvocation \*)anInvocation; 

Essa é a última chance que temos para fazer algo com as informações que foram passadas. No objeto NSInvocation podemos encontrar os parâmetros enviados, o nome do método, entre outras informações úteis para criar um comportamento dinâmico em tempo de execução. Se nada for feito, o método - (void)doesNotRecognizeSelector:(SEL)aSelector será invcado e uma exceção será lançada.

Podemos então comparar o método forwardInvocation: ao method_missing do Ruby, dando características e dinâmicas ao objeto em tempo de execução.

Diego Chohfi
Diego Chohfi

Desenvolvedora de software e engenheira de computação.

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