Mind map: como utilizá-lo para criar marcas
Resumindo
O processo de naming, ou seja, de dar nome às coisas, pode ser uma das etapas mais difíceis na concepção e gestão de uma marca. Embora não seja uma tarefa exclusiva do designer ou da designer – muitas vezes é com a pessoa responsável pelo branding – é fundamental que esse profissional criativo saiba como contribuir nesse momento.
Para isso, neste artigo vamos conversar sobre o mind map (mapa mental), uma ferramenta que nos ajuda a organizar as ideias e a tomar decisões assertivas acerca da marca que estamos criando. Veremos:
- O que é um mind map;
- Como construir um mind map com base nas diretrizes de Tony Buzan, que foi quem sistematizou essa ferramenta;
- Uma dica ferramenta que pode auxiliar no processo de criação de mind maps de forma colaborativa;
- Que mind maps são diferentes de mapas conceituais.
Vamos lá?
O que é
A partir de um ponto central, que pode ser uma palavra, uma ideia, um conceito, enfim, alguma coisa que tenha uma relação forte com a marca, se irradiam outras palavras, ideias e conceitos.
O mind map pode ser feito em qualquer mídia: com lápis e canetas coloridas sobre uma folha de papel ou em programas gráficos sofisticados. O mais importante é registrar visualmente tudo o que fizer sentido e que tenha uma relação com o ponto central de partida. Note como o mapa acima dá forma a um desenho parecido com uma árvore com vários ramos.
Essa propriedade visual – a semelhança com uma árvore – é de extrema importância para o mind map. Uma vez que ele procura representar, com o máximo de detalhes possíveis, o relacionamento conceitual existente entre informações que normalmente estão fragmentadas, difusas e pulverizadas, essa conexão de “galhos” faz com que as ideias se tornem mais tangíveis.
Com esse exercício, pode-se ter insights e também descobrir relações surpreendentes. Na escolha de um nome para uma marca, por exemplo, pode ser uma oportunidade para acontecer o momento “Eureka!”.
Como fazer um mind map
Imagine que você faz parte da equipe de criação do nome da marca e vai utilizar o mind map para enxergar de maneira mais clara as relações entre os conceitos dessa marca.
Existem algumas diretrizes para criação de um bom mind map, segundo um dos grandes responsáveis pela popularização de mapas mentais, o educador inglês Tony Buzan. Confira:
- Utilizar recursos visuais em todo o mapa, como imagens, símbolos, códigos e variadas dimensões para diferentes elementos;
- Escrever palavras-chave em letras maiúsculas e com estilos tipográficos mais destacados;
- Reservar espaço confortável para cada palavra e imagem;
- As linhas devem estar conectadas a partir do ponto central. As linhas centrais são mais grossas, orgânicas e afinam-se à medida que irradiam para fora do centro;
- Mantenha uma proporção que faça sentido entre a linha e a palavra que está associada a ela;
- Explore o maior número possível de cores em todo o mapa, para estimular visualmente e também para codificar e agrupar elementos;
- Mantenha o mapa mental claro, usando hierarquia radial, ordem numérica ou contornos para agrupar ramos.
Crédito: CV do Fábio, disponível no endereço: https://cv.fabiog.com.br/mapa-mental/
No mapa mental sobre a obra O Pequeno Príncipe, podemos notar a preocupação em incorporar os atributos visuais, conforme as diretrizes citadas anteriormente. Cores, imagens, uso de palavras-chave, diferentes espessuras para as linhas: o autor reproduziu a árvore de relações seguindo as sugestões de boas práticas. O resultado ficou ótimo!
Mas, atenção: você não precisa seguir todas essas diretrizes, porém, quanto mais puder aplicá-las, melhor!
Dica de ferramenta para criar mapas mentais
Agora que você já aprendeu o que é um mapa mental e como criar o seu, está na hora de colocar em prática utilizando um aplicativo de mapas mentais. A Miro, por exemplo, é uma ferramenta totalmente gratuita e que oferece centenas de templates prontos para já começar a usar.
Você pode também usar o bom e velho quadro branco físico ou criar no próprio Word o seu mapa mental. O interessante de usar ferramentas como a Miro, é que elas deixam o processo colaborativo mais interessante, já que você pode convidar colegas da equipe para comentar e editar o quadro ao mesmo tempo durante uma reunião online, por exemplo.
Veja abaixo um modelo de mapa mental pronto, feito na Miro:
E quanto aos mapas conceituais?
Embora possam parecer similares aos mind maps, principalmente com relação à organização visual, os mapas conceituais são estruturados com base em relações entre conceitos, marcadas por frases de ligação, que formam proposições, as quais são passíveis de análise lógica e não precisam necessariamente partir de uma ideia central.
O mapa conceitual acima indica de maneira mais objetiva a relação dos conceitos derivados do ponto central. Dessa forma, é possível categorizá-los e avaliá-los conforme algum fundamento que faça sentido no projeto, como por exemplo, palavras associadas à produtividade. A ferramenta da Miro também possui templates prontos de mapas conceituais, prontos para usar e de graça.
Concluindo
Neste artigo, vimos que utilizar o mind map pode ser um excelente instrumento para gerar nomes e conceitos pertinentes a uma marca, pois podemos partir de uma ideia central – como, por exemplo, algo que remeta à marca, como um objeto, uma cor, uma ideia – e, a partir dele, gerarmos insights com a equipe de criação. Essa técnica também pode ser aplicada em outras áreas, como apoio para seus estudos, por exemplo.
Agora, que tal ir ainda mais a fundo conferir na Alura as nossas formações sobre identidade visual? Nelas, você vai ficar por dentro de todo o processo de construção de uma identidade gráfica, desde a criação do logo até a entrega do seu manual de identidade visual. São duas opções:
Uma que utiliza os softwares da Adobe - Illustrator, Photoshop e InDesign como base para o trabalho;
E outra que apresenta programas gratuitos - Inkscape, GIMP e Scribus - que são excelentes alternativas às aplicações pagas.
Até a próxima!