Ética e Inteligência Artificial (IA) para profissionais de tecnologia: navegando no mundo digital de forma responsável

Ética e Inteligência Artificial (IA) para profissionais de tecnologia: navegando no mundo digital de forma responsável
Fernanda de Souza
Fernanda de Souza

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Introdução

“A inteligência artificial (IA) é uma tecnologia revolucionária que está transformando o mundo em que vivemos. Ela tem o poder de automatizar tarefas complexas, prever comportamentos e até mesmo tomar decisões. Mas com todo esse poder vem a responsabilidade de usar a IA de forma ética.” (Chat GPT, 2023)

A inteligência artificial tem se tornado cada vez mais presente no nosso cotidiano, e além das possibilidades e benefícios, a IA trouxe consigo desafios significativos aos profissionais de tecnologia e a sociedade como um todo. No contexto atual, é essencial desenvolver sistemas de forma responsável, levando em consideração não apenas a eficiência e o desempenho, mas também as implicações éticas e sociais dessas ferramentas que interagem e impactam diretamente a vida das pessoas.

Diante de um sistema potente como a IA, grandes responsabilidades e questões surgem:

  • Como lidar e evitar algoritmos que podem reproduzir vieses discriminatórios?
  • Como garantir o uso e o desenvolvimento ético da Inteligência Artificial (IA) em todas as suas aplicações?

É essencial refletirmos sobre essas questões e pensarmos em ações para diminuir os riscos da IA e promover o avanço tecnológico de maneira ética e inclusiva.

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Inteligência Artificial (IA)

IA é uma sigla para Inteligência Artificial. A IA faz parte do campo da ciência da computação, referente à capacidade de máquinas ou sistemas em exibir comportamentos e habilidades de forma semelhante aos humanos.

E isso é possível a partir do desenvolvimento de algoritmos e sistemas (lógica simbólica, redes neurais artificiais, algoritmos genéticos e sistemas especialistas) que conseguem desenvolver tarefas feitas pela inteligência humana, como:

  • raciocinar;
  • reconhecer padrões;
  • tomar decisões; e
  • entre outras atividades.

Portanto, a inteligência artificial (IA) se faz cada vez mais presente em nosso cotidiano, participando de diversas áreas e setores. Com o avanço da tecnologia, as máquinas estão cada vez mais capazes de realizar tarefas com comportamentos semelhantes à inteligência humana, servindo como suporte para as pessoas no dia a dia profissional com a finalidade de facilitar e otimizar o tempo e a complexidade de determinadas atividades.

Ética

A ética é uma área responsável por compreender assuntos que envolvem a moral ( diferença entre o certo e o errado, o bem e o mal), as condutas ideais dos humanos e quais são os valores e princípios que movem as ações das pessoas.

É um campo de estudo muito complexo, que pode ser entendido como um conjunto de comportamentos que orientam as ações humanas, de forma responsável, que respeitam a liberdade, informações e vida do próximo.

Imagem com o fundo azul escuro, com linhas nas cores brancas em neon fazendo conexões e a mão de um robô no centro.

Ética no uso da Inteligência Artificial (IA)

A ética na inteligência artificial refere-se aos princípios e diretrizes éticas que devem ser seguidos pela sociedade e por profissionais da tecnologia ao projetar, desenvolver e implementar sistemas de inteligência artificial.

Como a IA traz consigo impactos diretos na vida e na sociedade é importante pensar e compreendê-la juntamente com outros entendimentos que fazem parte da composição da sociedade, como a ética. Por isso, é essencial utilizar essa tecnologia de forma responsável e ética, considerando os possíveis efeitos e consequências.

“Utilizar a inteligência artificial (IA) com ética envolve a consideração dos aspectos morais e valores humanos ao projetar, desenvolver e utilizar sistemas de IA. É um princípio que busca garantir que os sistemas de IA sejam utilizados de maneira responsável, justa, transparente e que respeite os direitos e a privacidade das pessoas.” (Chat GPT, 2023)

A própria inteligência artificial aponta como a ética desempenha um papel fundamental no uso da IA, portanto é relevante que os seus resultados e comportamentos sejam questionados e utilizados com base nos padrões éticos, porque eles vão interferir diretamente na vida das pessoas.

Tendo isso em vista, a IA pode ser potencialmente benéfica quando utilizada com ética e responsabilidade, como: automatizar tarefas complexas, prever comportamentos e auxiliar na tomada de decisões e de estudos complexos. Caso contrário, consequências desvantajosas podem recair sobre a sociedade, por exemplo: vieses algorítmicos discriminatórios e privacidade contrariada.

Então, tomada de decisões éticas na aplicação da IA é essencial para evitar discriminações, proteger a privacidade dos indivíduos e garantir a segurança e a transparência em seu uso. A sociedade precisa estar atenta aos desafios e oportunidades trazidos pela inteligência artificial, para garantir que seu potencial seja explorado de maneira ética e benéfica para todos(as).

Desafios éticos da Inteligência Artificial (IA)

Embora a IA tenha trazido muitos benefícios e avanços significativos, também apresenta uma série de desafios éticos que devem ser abordados de forma cuidadosa e responsável.

Um dos desafios é o viés algorítmico. Os sistemas de Inteligência Artificial são treinados com base em grandes conjuntos de dados, que podem refletir e ampliar os preconceitos existentes na sociedade. Se esses dados contiverem viés racial, de gênero ou outras formas de discriminação, os sistemas de IA podem dar continuidade e ampliar essas desigualdades.

Outra questão ética é a privacidade e segurança, pois uma quantidade elevada de dados são utilizados para treinar e alimentar os sistemas de Inteligência Artificial. A utilização de dados pessoais sensíveis pode resultar em violações de privacidade e potencialmente ser explorada por atores mal-intencionados.

Os sistemas de IA são de alta complexidade, o que torna difícil atribuir responsabilidade por suas ações. Quando um sistema de Inteligência Artificial toma uma decisão incorreta ou prejudicial, quem é responsável? Pessoas desenvolvedoras, fabricantes, usuários(as) ou a própria IA?. Em muitos sistemas de IA torna-se difícil a compreensão de determinadas decisões e conclusões.

Existe também uma questão ética sobre empregabilidade, pois a inteligência artificial tem o potencial de automatizar muitas tarefas anteriormente realizadas por seres humanos, o que levanta preocupações sobre o impacto no mercado de trabalho.

Outro cuidado é que a IA também pode ser usada para espalhar desinformação e manipular opiniões. Algoritmos de recomendação em plataformas de mídia social podem criar bolhas de informação e reforçar crenças preexistentes. Além disso, a capacidade de criar conteúdo falso realista, conhecido como deep fakes, levanta preocupações.

Diretrizes para lidar com os desafios éticos da inteligência artificial (IA)

Existem algumas diretrizes para projetar, desenvolver e implementar sistemas de inteligência artificial com ética, para produzir resultados que sejam imparciais, justos, diversos e legais de forma a expandir os benefícios da IA na sociedade, são elas:

  1. Avaliações e ajustes constantes;
  2. Colaboração entre inteligência humana e Inteligência Artificial;
  3. Equidade e justiça;
  4. Privacidade;
  5. Responsabilidade;
  6. Segurança; e
  7. Transparência.

1) Avaliações e ajustes constantes

Como as tecnologias mudam com rapidez e de forma constante, é essencial realizar avaliações de forma periódica para compreender como as decisões e as respostas da Inteligência Artificial estão sendo entregues e se estão de acordo com os entendimentos legais e éticos da sociedade, caso contrário é possível identificar e ajustar o que for necessário, para otimizar as respostas.

2) Colaboração entre inteligência humana e Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial é desenvolvida para somar com a inteligência humana, ou seja, para trabalhar em conjunto com os humanos e complementar as suas atividades, atuando como uma ferramenta de suporte. Portanto, as decisões e as entregas finais devem ser feitas pelos seres humanos, ou seja, tudo que a IA produzir deve também ser questionada e pensada pelos humanos.

3) Equidade e justiça

É importante desenvolver a IA de forma responsável, imparcial e justa, para que os seus comportamentos não deem continuidade às desigualdades da sociedade. Portanto, os algoritmos da Inteligência Artificial devem ser alimentados com dados diversos e representativos, para evitar vieses discriminatórios em suas respostas.

4) Privacidade

Com a capacidade da IA em coletar e processar informações e dados pessoais, a proteção dos dados e segurança da privacidade é ponto essencial. Portanto, os sistemas de Inteligência Artificial devem ser projetados levando em consideração a privacidade e tratamento dos dados dos usuários, respeitando a ética e as regulamentações aplicáveis nesses momentos (Lei Geral de Proteção de Dados).

5) Responsabilidade

É essencial que pessoas desenvolvedoras e usuários(as) de sistemas de IA sejam responsáveis por suas ações, e para isso é preciso estabelecer mecanismos de prestação de contas para supervisionar e controlar o desenvolvimento, implementação e impacto da Inteligência Artificial.

6) Segurança

A IA trata de sistemas autônomos que podem ter acesso a informações sensíveis ou controlar equipamentos físicos. As pessoas desenvolvedoras devem garantir que os sistemas de IA sejam seguros e resistentes a ataques cibernéticos, garantindo que não sejam manipulados ou hackeados por terceiros que podem manipular o funcionamento do sistema.

7) Transparência

Os usuários devem compreender como a IA toma decisões, então as pessoas desenvolvedoras devem construir sistemas de Inteligência Artificial que sejam transparentes e explicáveis, para auxiliar na atribuição de responsabilidades e identificação de vieses parciais e perpassados por perspectivas discriminatórias.

Ao seguir essas diretrizes, compreendendo os impactos da IA, promovendo a transparência, respeito à privacidade e tratamento de dados, evitando a reprodução de preconceitos e sendo responsáveis, podemos garantir que a IA seja usada para o bem e para o avanço da sociedade como um todo.

Dicas para aplicar essas diretrizes no dia a dia de trabalho

Algumas dicas práticas para implementar essas diretrizes no dia a dia do trabalho são:

  1. Documentar e comunicar objetivamente o funcionamento da IA, de forma a evitar vieses injustos ou decisões arbitrárias para construir e mostrar o funcionamento do sistema de forma transparente;
  2. Obter o consentimento para coletar e utilizar os dados dos usuários e adotar medidas de segurança adequadas para proteger as informações pessoais e garantir segurança aos usuários;
  3. Analisar cuidadosamente os dados de treinamento para identificar e diminuir possíveis perspectivas parciais; implementar mecanismos de supervisão e controle para detectar e corrigir problemas éticos ou disfunções nos sistemas de IA. Para não desenvolver vieses injustos ou preconceituosos nos algoritmos e sistemas de IA;
  4. Estimular o trabalho colaborativo e multidisciplinar entre os mais variados profissionais, como profissionais de tecnologia, especialistas em ética, pesquisadores sociais e outras partes interessadas. Porque, através do diálogo e do envolvimento de diversas perspectivas, é possível trabalhar de forma assertiva a construção ética e responsável da Inteligência Artificial, visando o desenvolvimento de uma IA representativa, imparcial e que proporcione o bem-comum.

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Conclusão

A ética na inteligência artificial (IA) desempenha um papel fundamental para os profissionais de tecnologia que desejam navegar no mundo digital de forma responsável. Reconhecemos a importância da IA como uma ferramenta poderosa que impulsiona a inovação e o progresso em diversos campos. No entanto, é essencial que o uso dessa tecnologia seja guiado por princípios éticos e responsáveis.

Devemos assegurar que a IA seja inclusiva, equitativa e diversa, considerando diferentes perspectivas e evitando discriminações ou preconceitos em seus algoritmos. Além disso, é crucial proteger a privacidade e tratar os dados de maneira responsável na IA, garantindo a confidencialidade e o consentimento adequado dos indivíduos envolvidos.

O impacto social e econômico da IA também deve ser cuidadosamente avaliado, buscando minimizar desigualdades e maximizar os benefícios para a sociedade como um todo. Ao considerar uma abordagem ética na IA, promovendo um diálogo contínuo entre profissionais, pesquisadores, governos e comunidades para garantir que seu potencial seja explorado de maneira ética e benéfica para todos, os profissionais de tecnologia estão construindo um futuro digital mais justo, transparente e confiável – onde a IA é usada para melhorar a vida das pessoas e impulsionar o progresso de forma responsável.

Fernanda de Souza
Fernanda de Souza

Fernanda é Scuba na Escola de Inovação e Gestão, graduanda em Direito, apaixonada por educação, segue nessa área desde o primeiro contato com o mercado de trabalho e gosta de falar sobre assuntos diversos — principalmente ciências sociais e jurídicas. Fascinada por música nacional, dança e leitura — especialmente, um bom livro de romance.

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