Organizações que confiam nas nossas soluções corporativas
Junte-se a mais de 5000 empresas que já capacitaram seus times com nossas formações.
Impulsionado por um mundo globalizado e altamente competitivo, o mercado industrial precisa se renovar e buscar maneiras cada vez mais ágeis e precisas de fabricação. Nesse cenário, não existe margem para erros consecutivos e muito menos desperdícios.
A tecnologia, é claro, é uma grande aliada no setor, responsável pela automação de serviços, uso de inteligência artificial e dados para ajudar na tomada de decisões. Mas ela precisa estar ancorada por uma gestão que acompanhe o ritmo desses avanços.
É aí que entra o lean manufacturing, um conceito que visa redefinir os processos da cadeia de produção para que eles sejam mais enxutos. Com essa abordagem, é possível reduzir custos, aprimorar o gerenciamento do negócio e criar valor para o cliente.
Para que essa metodologia seja implementada com sucesso, contudo, é necessário conhecer algumas ferramentas – e capacitar o seu time para que ele seja capaz de construir essa transformação.
Se você está na dúvida de como aplicar o lean manufacturing no seu negócio, nós vamos te ajudar a entendê-lo nesse artigo.
Também conhecido como manufatura enxuta, o lean manufacturing é uma filosofia de gestão operacional que busca transformar a produção para, como o próprio nome diz, enxugar processos. O objetivo é reduzir atividades que agregam pouco para a qualidade do serviço e otimizar a gestão.
Assim, é possível ter controle sobre as reais necessidades do negócio, eliminando desperdícios como excessos de estoque, tempo de espera, transporte ou movimentos desnecessários e defeitos de fabricação.
VEJA TAMBÉM:
O foco, então, é no valor do produto, que compreende todos os fluxos entre a fabricação e a entrega ao cliente.
O conceito de manufatura enxuta surgiu no Japão após a Segunda Guerra Mundial, na década de 50.
Com uma economia devastada e a necessidade de competir com montadoras americanas, o país precisava de um sistema que operasse com pouco estoque, fluxo de caixa curto e eficiência operacional – sem perder a qualidade.
Foi criado pelos engenheiros industriais Taiichi Ohno e Eiji Toyoda, que trabalhavam para a Toyota. Inicialmente, o lean manufacturing era conhecido como Sistema de Produção da Toyota (STP) – e a montadora utiliza esse conceito em sua fábrica até hoje.
Daí para frente, a metodologia transformou principalmente a indústria automotiva, e foi implementada em diversos setores.
O lean manufacturing tem como base 5 princípios aplicados simultaneamente: valor, fluxo de valor, fluxo contínuo, produção puxada e perfeição.
Na metodologia de manufatura enxuta, o valor não é só o preço do produto ou serviço, mas tudo aquilo que o cliente considera importante. Ou seja, são todos os elementos que agregam e pelos quais o consumidor está disposto a pagar.
O primeiro objetivo é eliminar esses elementos que não geram valor, para conseguir entregar ao mercado exatamente o que ele demanda, focando na sua dor – e sem desperdícios.
Isso traz um norte bem claro para a produção: caso algo seja necessário para o produto, independente do cliente estar disposto a pagar, não vai ser eliminado do processo. Já se o cliente não está disposto a pagar e não é necessário, é preciso eliminar.
O fluxo de valor compreende todas as etapas de produção, desde a criação do produto até a entrega para o consumidor.
Para descartar as atividades que não agregam valor e otimizar as que são necessárias, é preciso fazer um mapeamento dessas etapas, visualizando o fluxo como um todo, identificando fontes de desperdício e criando bases para uma implementação enxuta.
O terceiro princípio determina que o fluxo de produção entre as etapas deve ser contínuo, sem interrupções.
Isso significa que, assim que uma fase se encerra, a próxima deve começar, evitando o "vai e vem" e a espera entre processos.
Assim, reduz-se o desperdício de tempo e a fabricação fica mais rápida, eficiente e com um tempo de entrega menor.
A produção puxada visa uma produção de acordo com as reais necessidades do negócio, a partir das demandas dos clientes.
Então, ao invés de fabricar uma quantidade de produtos e esperar que os setores de marketing e vendas lidem com esse volume (o que chamamos de produção empurrada), são os consumidores que ditam o quê, quando e quanto será produzido.
O objetivo desse princípio é eliminar a produção em excesso, gerando sobra de estoque, por exemplo.
Por fim, o último princípio do lean manufacturing determina uma melhoria contínua nos processos, visando a perfeição. Ele parte do princípio que sempre há o que melhorar.
Esse deve ser um objetivo de todas as áreas da empresa, que devem buscar uma melhor previsão de demanda, produtos com mais qualidade, menos custo e mais valor agregado.
Para implementar a manufatura enxuta, existem algumas ferramentas e técnicas para criar um fluxo de trabalho flexível, que se adapte rapidamente às demandas do mercado. Vamos falar sobre as principais.
Esse recurso visa organizar o espaço de trabalho, eliminando itens desnecessários, padronizando procedimentos, mantendo a limpeza e treinando a equipe, resultando em um ambiente mais eficiente e seguro.
Para isso, são utilizadas cinco etapas: seiri (senso de utilização), seiton (senso de organização), seiso (senso de limpeza), seiketsu (senso de padronização) e shitsuke (senso de disciplina).
O Kanban, que em japonês significa cartão, é uma metodologia ágil que consiste em um mural (físico ou digital) onde as pessoas colaboradores podem gerenciar o fluxo de trabalho.
Esse sistema tem um controle visual e intuitivo, com cards que podem ser movidos de acordo com cada etapa das tarefas, como não iniciada, em andamento, em revisão ou concluída.
Kaizen é um conceito japonês que pode ser traduzido como "melhoria". Tem como lema "hoje melhor do que ontem, amanhã melhor do que hoje". Ou seja, busca sempre melhorar.
Ele envolve a implementação de pequenas evoluções das atividades cotidianas ao longo do tempo, incentivando a participação de todos os membros da equipe.
A Manutenção Produtiva Total, conhecida como TPM, fornece estratégias para manutenção automática do maquinário. Assim, é possível promover manutenções preventivas, evitando defeitos e prejuízos nos equipamentos e aumentando sua durabilidade.
Baseado em um conceito central do lean manufacturing, o Just In Time (JIT) é uma ferramenta que se relaciona à produção por demanda, fabricando apenas o necessário quando a venda é concretizada.
O Andon é um sistema visual de sinalização que alerta os gestores ou responsáveis sobre problemas no processo de produção, permitindo uma resposta rápida.
Todas essas ferramentas são adaptáveis e devem ser usadas de acordo com a necessidade específica de cada organização, em prol de um ambiente que promova a eficiência, qualidade e melhoria contínua em todos os aspectos da operação.
Hoje, já podemos dizer que vivemos na era da indústria 4.0 – uma indústria pautada na transformação digital, automação e inovação.
A implementação de uma metodologia de manufatura enxuta vem de encontro com esse setor mais tecnológico, que busca uma alta produtividade para se diferenciar nesse mercado competitivo.
Como visa eliminar o desperdício sem reduzir a qualidade, o lean manufacturing tem uma importância enorme na estruturação de uma organização. Isso porque a metodologia ajuda a otimizar processos, reduzir tempos de ciclo e melhorar a utilização de recursos, permitindo que as empresas produzam mais com menos.
Além disso, uma estrutura enxuta consegue se adaptar mais rapidamente às mudanças nas demandas do mercado, já que os projetos são projetados para serem flexíveis (o que pode ser um grande diferencial em tempos de crise, como a pandemia da Covid-19).
Por fim, um benefício imensurável é a participação ativa das pessoas colaboradoras na identificação e resolução de problemas, promovendo um ambiente de trabalho colaborativo e engajado.
Para implementar uma metodologia enxuta, é preciso primeiro fazer uma avaliação interna dos processos para determinar o que pode ser melhorado na organização.
No mapeamento, estude seu negócio, estabelecendo o que é realmente valoroso para o cliente, determinando o que pode ser eliminado no processo produtivo, encontrando pontos de melhoria e entendendo o que realmente é necessário de ser produzido.
Nesse processo, a automação industrial é uma excelente aliada, já que representa uma forma bastante eficiente de integrar etapas, otimizar atividades e permitir que o time fique focado em ações mais estratégicas.
Mas nem tudo depende só das máquinas. Por isso, é primordial capacitar o seu time em ferramentas de lean manufacturing, garantindo que as pessoas colaboradoras compreendam os princípios do conceito e suas aplicações.
Uma boa estratégia para começar pode ser estabelecer um projeto piloto em áreas específicas antes de expandir para toda a empresa!
Aplicar uma metodologia lean no setor industrial otimiza todos os processos de produção, trazendo melhorias significativas para o ambiente empresarial, reduzindo custos e oferecendo uma vantagem competitiva significativa.
Mas, para que essa implementação seja bem-sucedida, é preciso que haja uma cultura organizacional forte voltada para a inovação, onde todas as pessoas colaboradoras entendam a importância do método para o futuro e longevidade da empresa.
Se você quer investir em transformação digital e não sabe por onde começar, fale conosco!
Junte-se a mais de 5000 empresas que já capacitaram seus times com nossas formações.