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Em um passado não tão distante, conceber a ideia de dispositivos interconectados, compartilhando dados em tempo real, parecia algo digno de “Black Mirror”, a série de ficção científica da Netflix. Há 50 anos, era difícil prever que tecnologias como drones, realidade aumentada e realidade virtual fariam parte do cotidiano não só de pessoas, mas de diversas empresas.
Isso porque foi nos últimos 15 anos que entramos na Quarta Revolução Industrial (veja também sobre a construção da Indústria 4.0), que engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação aplicadas aos processos de manufatura. E as grandes forças impulsionadoras dessa revolução são a inteligência artificial, o Big Data e a Internet das Coisas (IoT) – conceito que vamos aprofundar neste artigo.
O termo, utilizado para descrever a conectividade entre dispositivos e sistemas, representa um mundo de oportunidades. Com uma rede interligada, é possível monitorar cadeias de suprimento, controlar equipamentos à distância, prever manutenção de maquinário e até mesmo fabricar dispositivos. O impacto dessas aplicações é tão grande que, segundo o McKinsey Global Institute, elas podem movimentar até U$ 11 trilhões na economia global.
O problema é que boa parte desses dados gerados pela IoT não vai ser tratada com inteligência – o que pode representar um grande prejuízo financeiro.
Para isso, é preciso não só investir nessas tecnologias, mas preparar as pessoas colaboradoras da empresa para que elas estejam preparadas para essa nova realidade. Ainda segundo o McKinsey, 40% da força produtiva mundial precisa ser treinada – ou vão acabar sendo dispensados.
Preparamos este artigo para que você possa entender mais sobre a Internet das Coisas, e saber os benefícios de aplicá-la na sua organização.
Conceitualmente, a Internet das Coisas é a rede de dispositivos físicos equipados com sensores, softwares e conectividade, possibilitando que eles coletem e transmitam dados. Na prática, isso inclui qualquer objeto que possa ser conectado a uma rede sem fio.
Pense nas casas inteligentes, que têm diversos aparelhos integrados a um sistema como a Alexa ou o Google Home. Com eles, os moradores podem criar automações para abrir persianas, ligar ou apagar luzes, acionar a cafeteira ou ativar o alarme, por exemplo.
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Assim, cria-se um ecossistema inteligente entre máquinas e sistemas, transformando aparelhos comuns em agentes nativos na era digital.
Essa ideia de conectar objetos à internet já é discutida desde 1991, quando a conexão TCP/IP começou a se popularizar. Nessa época, o cofundador da Sun Microsystems pensou sobre uma conexão de Device para Device (D2D).
Mas foi só em 1999 que o conceito de Internet das Coisas foi oficialmente proposto.
Seu criador foi o cientista britânico Kevin Ashton, que usou o termo para chamar atenção para sua pesquisa sobre o emprego de sensores inteligentes e tecnologia de identificação de objetos por radiofrequência (RFID). Ashton propunha que se os computadores conseguissem aprender através dos dados coletados, sem intervenção humana, seria possível otimizar diversas atividades cotidianas.
Porém, a IoT só começou a ganhar forma a partir de 2004, a partir das novas tecnologias sem fio e bluetooth.
Hoje, como sabemos, já existem milhares de objetos conectados, seja no lazer, nos afazeres domésticos, no trabalho, na indústria (já falaremos mais sobre isso) ou no funcionamento das smart cities.
Quando falamos em uso pessoal, podemos pensar em óculos, relógios, geladeiras, câmeras e carros, que usam IoT para permitir que o usuário receba dados e possa gerenciar seus gadgets.
Já no âmbito empresarial, a Internet das Coisas é mais voltada para a eficiência operacional.
No varejo, por exemplo, é possível reunir dados como horário de maior fluxo de clientes, áreas mais frequentadas da loja e gestão de estoque em tempo real. No agronegócio, sensores em equipamentos agrícolas e no solo coletam dados sobre condições climáticas, umidade e nutrientes, otimizando a irrigação, aplicação de fertilizantes e gestão da plantação.
Também podemos citar o setor energético, que pode usar medidores conectados para monitorar em tempo real o consumo de energia, facilitando a identificação de padrões e o desenvolvimento de estratégias para redução de custos.
Outro segmento que pode se beneficiar da IoT é o de logística e transporte, com sensores em embalagens que possibilitam o rastreamento preciso de cargas, trazendo mais segurança para a cadeia de suprimentos.
Ou seja, independente do ramo do seu negócio, ele pode ter mais eficiência conectando dispositivos e sistemas.
Além das aplicações que citamos acima, a IoT também é uma grande aliada da tecnologia industrial.
Chamada de IIoT (Internet Industrial das Coisas), ela é um subconjunto da IoT, porém mais focada na automação e eficiência operacional. São redes que suportam a comunicação máquina a máquina (M2M), aliadas ao big data e machine learning, possibilitando tomadas de decisões mais estratégicas.
Além disso, com a conexão de dispositivos inteligentes, as empresas conseguem aumentar a produtividade e minimizar falhas e acidentes, conquistando economia de tempo e dinheiro.
Um bom exemplo disso é o uso de drones. No setor de logística, eles podem sobrevoar áreas extensas de estoque, capturando dados em tempo real sobre o status dos produtos. Assim, é possível identificar possíveis discrepâncias e garantir uma gestão mais eficaz do inventário.
Outra possibilidade é a utilização de sensores inteligentes em equipamentos de produção, que coletam dados em tempo real sobre temperatura, vibração, consumo de energia e desgaste de componentes. Essas informações são transmitidas para um sistema e analisadas via inteligência artificial.
Caso haja um padrão incomum, o software emite alertas automáticos para a equipe, permitindo intervenções antes mesmo que a falha aconteça. Com essa gestão proativa, a vida útil dos equipamentos é prolongada, e custos elevados de reparo são evitados.
Coletar e analisar dados das máquinas de forma automática e inteligente pode transformar significativamente as operações industriais, trazendo mais eficácia, produtividade e sustentabilidade para a organização.
Isso porque os dados em tempo real da IoT ajudam a monitorar e otimizar os processos, identificando áreas de ineficiência, trazendo melhorias para a produção e reduzindo desperdícios. Alguns dos principais usos dessas informações são:
Mas é importante ressaltar que, em redes IIoT, essa coleta de dados é apenas o primeiro passo de um processo complexo. É preciso integrá-los a um sistema de inteligência artificial e machine learning para ter insights precisos. Do contrário, as informações acabam perdendo seu valor.
Além disso, as pessoas colaboradoras da organização também precisam saber analisar esses dados, para tomar decisões mais estratégicas e acertadas, baseadas em fatos concretos.
Não é nenhum segredo que os dados são o bem mais precioso de qualquer empresa, e, no âmbito dos negócios, a Internet das Coisas traz informações essenciais para uma visão detalhada e em tempo real das operações.
Essa coleta contínua de dados provenientes de sensores e dispositivos conectados permite uma compreensão aprofundada do desempenho organizacional, facilitando a identificação de áreas de melhoria, reduzindo custos e otimizando recursos.
Além disso, a IoT ajuda nas práticas de manutenção preditiva, já que, ao monitorar constantemente o estado de máquinas e equipamentos, é possível prever potenciais falhas. Isso não apenas diminui gastos com manutenções, mas também garante operações mais eficazes.
Outro benefício é a inovação em um mercado cada vez mais competitivo, uma vez que a conectividade impulsiona novos modelos de negócio e serviços.
Em resumo, a Internet das Coisas fornece uma base sólida para a transformação digital, principalmente no desenvolvimento da indústria. Ao alavancar dados em tempo real, automação e análise preditiva, as empresas ganham um diferencial competitivo e ficam mais bem preparadas para os desafios de um futuro imprevisível.
De forma geral, é possível dizer que todos os setores do mercado podem se beneficiar da IoT. Destacamos aqui quatro dos principais deles.
Ao longo do texto, trouxemos alguns exemplos de aplicações nesse segmento, como o controle de estoque. E aqui os benefícios valem tanto para grandes atacados quanto para pequenos supermercados de bairro. Trazer a conectividade para o negócio otimiza a gestão do ponto de venda, melhora os processos internos, permite uma oferta mais personalizada de produtos e ainda impacta na experiência do cliente.
Na educação, a IoT pode ser aplicada para enriquecer o aprendizado através de salas de aula inteligentes. Além disso, ao colher dados em tempo real, a instituição consegue acompanhar a evolução de cada aluno com mais precisão e tem uma melhor gestão educacional (inclusive conectando professores, diretores, pais e estudantes). Assim, é possível oferecer uma experiência de ensino muito mais valiosa.
Já no setor de construção, a conectividade é uma grande aliada nas etapas de concepção de projetos e de monitoramento do processo construtivo. Através de drones, sensores e atuadores, por exemplo, é possível automatizar e rastrear a evolução da obra. Além disso, a IoT ajuda a monitorar a segurança dos trabalhadores, rastrear equipamentos e otimizar o uso de recursos.
Como um segmento que demanda por tomadas de decisão rápidas e extremamente certeiras, a IoT pode trazer muitos benefícios a hospitais e clínicas de saúde. Usar dispositivos conectados impacta diretamente não só em procedimentos e tratamentos, mas também no monitoramento de pacientes em tempo real. Assim, é possível realizar um melhor diagnóstico e tratamento dos sintomas.
Segundo o IoT Analytics, o número de aparelhos ativos com conexão chegou a 12 bilhões em 2021 – e deve pular para 27 bilhões até 2025. Outro estudo, da CETIC, mostrou que mais de 70 mil empresas no Brasil já usaram pelo menos uma solução de IoT em seus negócios.
Ou seja, essa é uma tendência que vem avançando a passos largos e que representa um mar de oportunidades. Seja qual for o seu negócio, ele precisa estar preparado para receber e processar dados de dispositivos físicos.
Mas, para que isso aconteça, mais do que investir em tecnologia, é preciso capacitar o seu time. É através dessa educação que as equipes vão compreender verdadeiramente a aplicação da Internet das Coisas, identificar oportunidades de otimização de processos e aumentar a eficiência operacional da organização.
A integração e análise de dados são habilidades fundamentais para as pessoas colaboradoras conseguirem extrair insights valiosos para orientar decisões estratégicas e operacionais. Além disso, a capacitação prepara as equipes para as mudanças futuras na evolução constante da IoT.
Por isso, é importante buscar capacitações completas e atualizadas. Na Alura Para Empresas, por exemplo, temos diversos cursos de DevOps que podem ajudar na formação do seu time e, por consequência, em uma vantagem estratégica para o seu negócio.
Se quiser conhecer mais sobre capacitação tecnológica para a sua empresa, fale conosco!
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