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Inteligência emocional no trabalho: conheça os 5 pilares

Athena Bastos

Athena Bastos


Duas mulheres em um ambiente de trabalho tecnológico. Elas estão concentradas em uma tela de computador, com uma delas explicando algo enquanto a outra escuta atentamente. Ambas usam óculos e vestem roupas casuais. A cena sugere colaboração e troca de conhecimento em um ambiente profissional de alta tecnologia, fazendor eferência ao desenvolvimento de inteligência emocional.

No mundo corporativo atual, no qual a tecnologia avança a passos largos e a competitividade é acirrada, as empresas buscam cada vez mais se diferenciar para chegarem ao sucesso. E um dos fatores que tem se destacado para o crescimento das organizações é a inteligência emocional.

Neste artigo, entenderemos como ter inteligência emocional, quais os seus pilares e como ela pode transformar a realidade das empresas. Continue a leitura para conferir desde os conceitos básicos até dicas para desenvolver essa habilidade nas equipes!

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O que é inteligência emocional?

Em sua essência, a inteligência emocional se refere à capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções, bem como identificar e interpretar os sentimentos das outras pessoas. Ou seja, é um conceito que vai além do intelecto e da razão, por abranger a habilidade de usar as emoções de forma inteligente e eficaz em diversas situações da vida.

Assim, a inteligência emocional se desenvolveu como um campo de estudo e prática que engloba:

  • Autoconsciência: reconhecer e entender as próprias emoções.
  • Autorregulação: gerenciar os sentimentos de forma saudável.
  • Motivação: usar as emoções para alcançar objetivos.
  • Empatia: compreender e se conectar com os outros.
  • Habilidades sociais: construir relacionamentos e interagir de forma eficaz.

A capacidade de desenvolver o emocional, tanto internamente quanto nas relações com as pessoas, é fundamental para o sucesso na carreira e na vida, bem como para o bem-estar psicológico e a construção de relacionamentos saudáveis.

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Daniel Goleman e a inteligência emocional

Daniel Goleman é um psicólogo e jornalista, que desempenhou um papel fundamental na popularização e disseminação do conceito de inteligência emocional. Em 1995, ele publicou o livro “Inteligência Emocional”, que se tornou um best-seller mundial e trouxe o tema para o centro das discussões sobre desenvolvimento pessoal e profissional.

Goleman não foi o criador do termo “inteligência emocional”, que já havia sido utilizado por Salovey e Mayer em 1990. No entanto, ele foi o responsável por sintetizar e divulgar as pesquisas existentes sobre o tema, tornando-o acessível ao público em geral.

Em seu livro, Goleman explorou os cinco pilares da inteligência emocional: autoconsciência, autorregulação, motivação, empatia e habilidades sociais, e argumentou que a inteligência emocional é tão importante quanto o Quociente de Inteligência (QI) para o sucesso na vida. Com isso, ele criou o conceito “Quociente Emocional” (QE) como um complemento ao QI.

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O que é uma pessoa inteligente?

Antes de explorarmos mais os conceitos de Daniel Goleman, é válido compreendermos o conceito do que é ser uma pessoa inteligente. Anos atrás, a medida da inteligência era dada exclusivamente pelo Quociente de Inteligência de uma pessoa (QI), que está ligado ao raciocínio lógico e matemático.

Em contraposição a esse conceito, em 1980, Howard Gardner, psicólogo cognitivo e educacional, elaborou a teoria revolucionária das múltiplas inteligências — que considera que uma pessoa pode ser inteligente em, pelo menos, 8 diferentes áreas, sendo:

  1. Inteligência linguística: habilidade de usar a linguagem de forma eficaz, tanto na expressão oral quanto escrita.
  2. Inteligência lógico-matemática: raciocínio lógico, resolução de problemas e pensamentos matemáticos.
  3. Inteligência espacial: percepção do mundo visual e espacial de forma precisa, manipulação mental de imagens e criação de representações visuais.
  4. Inteligência musical: sensibilidade para ritmos, tons, melodias e harmonias, e capacidade de apreciar e criar música.
  5. Inteligência corporal-cinestésica: capacidade de usar o corpo para expressar ideias e sentimentos, além de facilidade em controlar os movimentos corporais.
  6. Inteligência interpessoal: entenddimento e interações de maneira eficaz com os outros, percebendo suas motivações, intenções e estados emocionais.
  7. Inteligência intrapessoal: autoconhecimento, entendimento das próprias emoções e desejos, e uso desse conhecimento para tomada de decisões e direcionamento da própria vida.
  8. Inteligência naturalista: reconhecimento e classificação de padrões na natureza, e interesse em explorar o mundo natural.

Gardner argumentou que cada pessoa possui um perfil único de inteligências, com algumas mais desenvolvidas que outras. A partir disso, um(a) musicista e um(a) engenheiro(a) de software são igualmente inteligentes, porém em áreas diferentes.

Essa teoria abriu caminho para uma compreensão mais ampla e inclusiva no campo da psicologia, do desenvolvimento pessoal e da gestão de talentos em empresas, oferecendo novas perspectivas sobre o potencial humano e suas diversas formas de expressão.

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5 pilares da inteligência emocional

Se você quer saber como desenvolver a inteligência emocional, como já citamos, Daniel Goleman criou 5 pilares que devem ser seguidos, são eles:

Autoconsciência

Reconhecer e entender as próprias emoções, seus gatilhos e suas consequências. Envolve se atentar aos próprios sentimentos, identificar seus pontos fortes e fracos emocionais e entender como seus sentimentos afetam seus pensamentos e comportamentos.

Autorregulação

Capacidade de gerenciar as próprias emoções de forma saudável, evitando reações impulsivas. Para isso, pode ser necessário desenvolver técnicas como respirar fundo, contar até dez, afastar-se de situações estressantes e buscar atividades que acalmem e relaxem.

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Motivação

Saber se motivar é entender como direcionar suas emoções para alcançar objetivos e manter o otimismo. Neste caso, ter paixão pelo que faz, definir metas claras e realistas, celebrar pequenas vitórias e manter uma atitude positiva, mesmo diante de desafios, são maneiras de desenvolver a motivação.

Empatia

Antes de tomar decisões, principalmente em momentos de crises, se colocar no lugar da outra pessoa, compreender suas emoções e demonstrar compaixão é ser uma pessoa empática. Isso envolve ouvir atentamente, observar a linguagem corporal, validar os sentimentos e oferecer apoio emocional quando necessário, seja na vida pessoal ou profissional.

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Habilidades sociais

Relacionar de forma eficaz com as outras pessoas, comunicar-se claramente e influenciar positivamente quem está ao seu redor são habilidades sociais (soft skills. Para desenvolver este pilar, é necessário saber como iniciar e manter conversas, resolver conflitos de forma construtiva e pacífica, trabalhar em equipe e construir relacionamentos saudáveis e duradouros.

Inteligência emocional no trabalho

Considerar a inteligência emocional no trabalho, seja do ponto de vista das pessoas colaboradoras ou das empresas, é garantir o bem-estar das equipes e manter a comunicação clara e objetiva.

Principalmente na área de Recursos Humanos(RH) e de lideranças, essa habilidade se manifesta por meios das soft skills, habilidades sociais, de comportamento e interpessoais, importantes para a interação e o sucesso profissional de colaboradores e colaboradoras.

Podemos classificar como soft skills algumas habilidades, como:

No mercado de trabalho atual, a inteligência emocional e as soft skills são cada vez mais valorizadas. Empresas buscam profissionais que não apenas possuam conhecimentos técnicos (hard skills), mas também consigam lidar com as emoções de forma saudável.

Quer saber mais sobre soft skills em uma conversa com profissionais da área de desenvolvimento pessoal? Então assista abaixo a nossa live com a participação da Nubank.

Como promover a inteligência emocional no trabalho?

Fomentar a inteligência emocional no ambiente de trabalho é um investimento estratégico para as empresas, pois, além de promover o bem-estar dos colaboradores e colaboradoras, melhora o clima organizacional e impacta positivamente os resultados.

Para alcançar esse objetivo, as empresas podem adotar diversas ações, como:

1. Treinamento e desenvolvimento

Oferecer workshops e palestras sobre inteligência emocional, abordando temas como autoconhecimento, gestão de aprendizagem e mediação de conflitos. Além de criar programas de desenvolvimento com apoio do setor de Recursos Humanos (RH) para promover melhorias individualizadas e garantir maior inclusão de todas as pessoas das equipes.

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2. Cultura organizacional

A empresa deve ser exemplo para seus colaboradores e colaboradoras. A partir disso, a organização pode adotar uma comunicação mais aberta e transparente, para que as pessoas se sintam à vontade para expressar suas verdadeiras emoções, além de oferecer mais flexibilidade e autonomia, reconhecer bons feitos e gerar feedbacks construtivos.

3. Liderança como exemplo

Como continuação do tópico acima, é essencial desenvolver líderes que sejam exemplos de inteligência emocional no trabalho, seja ao demonstrar empatia, autoconsciência, autorregulação ou soft skills. Essas pessoas podem ser ótimos exemplos para as equipes de como lidar com as emoções no ambiente organizacional.

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4. Ferramentas e recursos

Para tornar o conhecimento e o desenvolvimento mais flexível para as pessoas colaboradoras, é possível oferecer aplicativos e ferramentas que ajudem os times a gerenciar o estresse, praticar mindfulness e desenvolver habilidades emocionais.

Outro recurso importante são as plataformas de ensino online que possuem formações na área da inteligência emocional, como a Alura para Empresas. Com ela, as equipes podem ter acesso a diversos cursos para desenvolvimento pessoal e profissional, além de lives e treinamentos especializados.

A Alura promove uma parceria com as empresas para traçar uma estratégia de aprendizado assertiva para os times, focada em resultados e alinhada às necessidades do seu negócio!

Tire suas dúvidas sobre inteligência emocional

Confira algumas das principais dúvidas das pessoas sobre inteligência emocional.

1. A inteligência emocional pode ser medida?

Sim, mas não da mesma forma que a inteligência cognitiva (QI), que possui testes padronizados e amplamente utilizados. A avaliação da inteligência emocional é mais complexa, por envolver a análise de diversas habilidades e competências.

Existem diferentes abordagens para medir a inteligência emocional, cada uma com suas próprias vantagens e limitações, como: observação comportamental, questionários de autoavaliação e feedback 360.

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2. Como a inteligência emocional pode me ajudar a lidar com o estresse no trabalho?

A inteligência emocional te ajuda a identificar os gatilhos do estresse, a reconhecer seus sinais e a desenvolver estratégias para lidar com ele de forma saudável, como técnicas de relaxamento, mindfulness e comunicação assertiva.

Mas, caso essas técnicas não funcionem ou seu estresse esteja alto, o aconselhável é procurar profissionais da área da psicologia para te ajudar a lidar com essa condição.

3. Quais são os benefícios de ter inteligência emocional no trabalho?

A inteligência emocional no trabalho traz diversos benefícios, como melhor desempenho, maior satisfação, bons relacionamentos com colegas e clientes e uma liderança mais eficaz. Além de colaborar para um ambiente mais saudável para todas as pessoas.

Na visão das empresas, maior produtividade, bom relacionamento entre as equipes, comunicação clara, entre outras características da inteligência emocional no trabalho, podem ser fatores decisivos para promover o crescimento organizacional e ter pessoas mais satisfeitas em seus times.

E se você tem uma empresa, mas não sabe como desenvolver a inteligência emocional da sua equipe, comece oferecendo treinamentos e formações para o desenvolvimento de soft skills com Alura + FIAP Para Empresas. Conheça as soluções para o seu negócio!

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Athena Bastos
Athena Bastos

Supervisora de Conteúdo da Alura Para Empresas. Bacharela e Mestra em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Pós-graduanda em Branding: gestão estratégica de marcas pela Universidade Castelo Branco - UCB. Escreve para blogs desde 2008 e atua com marketing digital desde 2018.

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